Vale a pena, Flamengo? O que está por trás da proposta por Michael
Com uma considerável expectativa por vendas em 2022, Rubro-Negro recebeu uma tentadora proposta da Arábia Saudita pelo atacante. Dilema paira no clube
O Flamengo segue aberto para fazer caixa e, com venda de jogadores pouco utilizados, abrir espaço na folha para contratar reforços que Paulo Sousa considere essenciais ao longo de 2022. Mas há propostas por peças de destaque que podem balançar, como a do Al Hilal, da Arábia Saudita, por Michael.
Desde o fim de 2021, o clube saudita vinha em conversas com Eduardo Maluf, empresário de Michael, e enviou uma oferta de 8,25 milhões de dólares (cerca de R$ 45,6 milhões) para contar com Michael já na próxima semana, de olho na disputa do Mundial de Clubes, a iniciar para o clube no dia 6 de fevereiro.
O Flamengo, que detém 80% dos direitos econômicos de Michael, sinalizou que os valores atuais não lhe interessam, mas que está aberto a ouvir uma oferta ainda mais vantajosa, com bonificações a curto e médio prazo e pagamentos "cheios", sem parcelas arrastadas.
E vale a pena? Para a temporada 2020, o Flamengo venceu uma dura concorrência no mercado e, por 7,5 milhões de euros (R$ 34,5 milhões na cotação da época), o tirou do Goiás. Michael tardou a se encaixar, passou pelas mãos de Jorge Jesus, Domènec Torrent, Rogério Ceni e Renato Gaúcho e só foi deslanchar do meio da temporada passada para o final, a encerrando como o jogador mais decisivo do time - foram 19 gols e dez assistências, ao todo.
Após nove saídas confirmadas, o Fla está com o elenco enxuto (apenas 24 jogadores) e poucas opções para Paulo Sousa executar variações táticas. No setor, levando em conta que Michael é ponta, o time já perdeu Kenedy recentemente, por exemplo.
É para pôr na balança e analisar com afinco o que está por trás do sedutor valor envolvido. Uma eventual saída de Michael ligaria um sinal de urgência ainda maior para reforço no ataque. E o principal: o camisa 19 está em sua melhor fase, o principal driblador do time e o que mais traz amplitude no último terço de campo, algo que Sousa utiliza com frequência em seus times.
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Um reposição é vista internamente, por alguns membros do departamento de futebol, como trocar o "certo pelo duvidoso". Do outro lado da balança, a previsão no orçamento é de receita de R$ 186 milhões com vendas em 2022. Somadas, as transferências de Piris da Motta, Max e Bill ultrapassam os R$ 13 milhões. O dilema paira sobre a Gávea, mas será por poucas horas. A ver se Robozinho seguirá a sua trajetória por aqui ou atravessará o oceano.