Chamou atenção neste último domingo, antes da partida contra o Santos, no Maracanã, a postagem do jogador Gabigol em suas redes sociais: "new name". O antigo "Gabriel B." dava lugar ao nome de "Gabi" na camisa, apelido que ele é chamado por amigos e companheiros de Flamengo.
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De acordo com pessoas próximas ao atacante rubro-negro, a mudança não seguiu nenhuma recomendação mais técnica ou profissional de agências de publicidade ou assessoria, ao contrário do que aconteceu há alguns meses com Vinícius Jr.
Na ocasião, o camisa 20 do Real Madrid passou a estampar o nome de Vini Jr., seguindo uma recomendação da empresa que cuida da carreira do jogador - foi pensando de forma estratégica e comercial, diferente de Gabigol, ou Gabi, que simplesmente quis mudar por livre e espontânea vontade.
Marcelo Palaia, professor de marketing esportivo pela ESPM e especialista na área, entende que essas alterações são mais prejudiciais do que benéficas aos atletas.
- O nome de um atleta, assim como de músico, artista, celebridades, são verdadeiras marcas que eles passam a ter durante a carreira. O cuidado com essa marca, com o nome, tem que existir constantemente.
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No caso de Vini Jr., a mudança seguiu uma linha de estudo de que era difícil pronunciar o nome Vinícius entre os catalães, em outros países europeus e até mesmo asiáticos, como China e Japão, mercados em que o estafe do atacante já pensa a longo prazo. Por isso, a alteração para um nome mais curto: Vini.
- Existe toda uma relação afetiva, que vem desde as categorias de base ou quando esses atletas passam a criar uma identificação com seus clubes de origem. No caso do Vini, foi algo pensado e estudado, mas o atleta não pode simplesmente mudar o nome porque achou que é mais bonito ou mais feio. Ele começou assim e fica difícil depois mudar - aponta Palaia.
Do mesmo jeito que muda o penteado a cada partida, pode ser que Gabi volte a querer ser chamado de Gabigol no futuro, mas o zelo com aquilo que chama de 'marca' precisa ser encarado com importância.
- Imagina se Lebron James não fosse mais chamado de King, se Anderson Silva abandonasse o Spider, ou se Pelé voltasse a querer ser chamado de Edson? Depois pode não ter o mesmo reconhecimento que você criou ou desenvolveu ao longo de toda vida profissional - finaliza o professor.