Virada do ano marca o início da Era Rodolfo Landim no Flamengo
Cerimônia de posse já aconteceu, mas presidente eleito no pleito que aconteceu no começo de dezembro passa a responder pelo clube a partir deste dia 1
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O ano de 2019 começa com mudanças no Flamengo. A partir desta terça-feira, o presidente do clube é Rodolfo Landim, que fez uma renovação renovação na diretoria do Rubro-Negro e prometeu, principalmente, a conquista de títulos no futebol durante a gestão.
Rodolfo Landim encabeçou a Chapa Roxa e venceu a eleição, que aconteceu no último dia 8, com 61,6% dos votos. Em segundo, ficou Ricardo Lomba, da Chapa Rosa, que era da situação e tinha o apoio de Eduardo Bandeira de Mello. Marcelo Vargas, da Chapa Branca, ficou em terceiro, e José Carlos Peruano, da Chapa Amarela, em quarto.
E, caso consiga pôr em prática uma das ideias de campanha, este será o único mandato de Landim. Um dos pontos do estatuto do Rubro-Negro que ele quer colocar em discussão é o fato de não ter reeleição.
- Uma delas que vou propor é a não reeleição. Uma vez aprovada agora, não poderia valer na próxima eleição pois impediria um direito já adquirido por quem foi eleito. Só valeria para o próximo. Mas valerá para mim. Temos visto que o sujeito ser candidato à reeleição, de uma forma geral, não é legal em cargos executivos. Chega um momento, perto do final, que começa a trabalhar para manter-se no cargo ao invés do benefício do que ele está representando. No caso, os interesses do Flamengo - disse, em entrevista ao LANCE!, antes da eleição (veja mais abaixo)
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Da eleição até esta terça-feira, houve o período de transição entre as diretorias, que, apesar do clima quase bélico durante a corrida presidencial, foi realizado de forma tranquila. No departamento de futebol, Marcos Braz foi anunciado como vice-presidente logo após a divulgação do resultado do pleito. Na última semana, foi informado que Paulo Pelaipe será o novo gerente de futebol e, para dentro de campo, o zagueiro Rodrigo Caio foi contrato, primeiro - e, até o momento, único - reforço da era Landim.
Na escolha dos novos vice-presidentes, polêmica. Houve um contato para que Patricia Amorim, que foi presidente do Flamengo entre 2010 e 2012, assumisse os Esportes Olímpicos, mas a base aliada à Chapa UniFla não gostou da indicação e Landim encontrou resistência. Desta forma, Delano Franco será o nome forte da pasta.
Houve também a eleição para a presidência do Conselho Deliberativo, e mais uma vitória da Chapa Roxa. Antônio Alcides, aliado de Landim, desbancou Alexandre Póvoa, da Chapa Azul, e Lysias Augusto, da Chapa Cinza.
Uma das promessas de campanha que já deu os primeiros passos para ser cumprida é em relação à relação do Flamengo com as entidades que comandam o futebol, como a Federação do Rio de Janeiro (Ferj), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Conmebol. Prova disso é que Marcos Braz foi à Conmebol para o sorteio dos grupos da Libertadores e marcou presença em Assembléia recente da Ferj.
Agora, Landim inicia o mandato ainda pressionado por novos reforços no futebol, um olhar mais atento ao Remo (esporte estatutário) e aos outros esportes olímpicos - durante a campanha, houve críticas por uma visão voltada ao basquete.
O novo presidente indicou que tem a intenção de usar o Maracanã como estádio e pretende entrar na briga para que o Rubro-Negro administre o local. Além disso, brigar para que, após a Copa América, se tenha a retirada de cadeira para a criação de um setor popular.
Relembre a entrevista de Landim ao LANCE!
A eleição no Flamengo
Movimentação
Com o ano eleitoral, os bastidores da Gávea começaram a se agitar cedo. Rodrigo Dunshee, então presidente do Conselho Deliberativo, e Marcos Braz se colocaram como pré-candidatos. Havia a possibilidade de Cacau Cotta, candidato em 2015, também concorrer aio pleito. Com a união de alguns grupos políticos na Chapa UniFla, porém, Rodolfo Landim virou o cabeça do movimento, tendo Dunshee como vice. Marcos Braz virou vice de futebol.
Situação
Ricardo Lomba, vice-presidente de futebol desde outubro do ano passado, é o escolhido pelo grupo da situação, de Eduardo Bandeira de Mello.
Correndo por fora
José Carlos Peruano e Marcelo Vargas encabeçaram, respectivamente, a Chapa Amarela e Branca, como grupos que apareceram como alternativas aos sócios que quiserem fugir do 'mais do mesmo', segundo o discurso adotado.
Azul, cor da discórdia
Tanto o grupo de Landim quanto o de Lomba tentaram usar o azul como cor da chapa. A briga foi parar na Justiça. Lomba acabou usando "Chapa Rosa", enquanto Landim, "Chapa Roxa".
Clima quente
A cor da chapa foi apenas um dos pontos que fizeram o clima ser bastante quente durante o processo eleitoral entre os correligionários de Landim e Lomba. Dentre diversos episódios, teve, inclusive, acusações e respostas quanto aos valores envolvidos na venda de Lucas Paquetá, joia da base que foi para o Milan, da Itália.
Transição
Com a vitória de Landim, iniciou-se o processo de transição, que foi tranquilo e sem maiores problemas. No futebol, Bandeira nomeou o CEO Bruno Spindel para comandar esse período.
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