Vitória, sim, defeitos à mostra, também: o que o Flamengo precisa ajustar de olho nas semi do Carioca
Rubro-Negro terá o Bangu na próxima rodada do Estadual, domingo, o último confronto antes das semifinais
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Mesmo vencendo o Vasco, o Flamengo passou longe de agradar os olhares mais críticos, no último domingo, pela 10ª rodada do Campeonato Carioca. O time abriu mão da organização tática e, declaradamente, empilhou atacantes para vencer a qualquer custo. Os três pontos vieram, mas Paulo Sousa voltou a constatar defeitos, mesmo após uma semana cheia dedicada para treinos.
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Em relação a duas estatísticas relevantes, o Fla ficou abaixo de sua média no Estadual: passes trocados (foram 432 no clássico, sendo que a média é de 453, segundo o site "Footstats") e finalizações (12, três a menos do que o padrão). É bem verdade que o Vasco armou um ferrolho, mas nada que uma das equipes mais técnicas do país não tenha se deparado antes. A construção foi frustrante.
Outro ponto: o Fla teve nove desarmes. Costuma destruir 17 vezes por jogo. O Vasco, principalmente no segundo tempo, conseguiu sair em contragolpes e escancarou a fragilidade na transição defensiva rubro-negra, já alertada por aqui anteriormente. O gol vascaíno vai além da bola perdida por Andreas.
Agora, Paulo Sousa terá outra semana só para treinar visando o próximo jogo, que será contra o Bangu. Outra lição que fica é o pouco repertório para um time que ainda está longe de otimizar o potencial de seus jogadores mais qualificados. Everton Ribeiro é o principal exemplo.
Como ala-esquerdo, o camisa 7 pouco rende e participa da articulação, sobrecarregando Arrascaeta e vendo Gabi, do outro lado, sair muito da área. O Mister respondeu especificamente a respeito de Everton Ribeiro e deu a entender que insistirá na sua utilização pelo corredor canhoto, ou seja, mais um ponto ainda a ser ajustado, tendo em vista o baixo rendimento no setor.
- É um jogador (Everton Ribeiro) que está acostumado a jogar em outra posição, pelo corredor direito, utilizando seu pé esquerdo para poder ter movimentos mais interiores. Dentro desta estrutura, temos três laterais pelo corredor direito de grande profundidade e com muita resistência em termos de alta intensidade. Seja em termos ofensivos ou transições, o que nos permite ter um jogador e rodarmos no jogo, com jogadores frescos. Nesse mesmo corredor podemos tomar decisões concretas. Gosto de ver os melhores em campo e o Everton para mim é um jogador conhecedor do espaço e extraordinário - disse, emendando
- Sabemos que ele também pode nos ajudar em uma posição de meia. Inicialmente tomamos a decisão de atuar com ele mais aberto no corredor. Tem vários jogos que ele é importante para ele alimentar os jogadores. É um jogador que conto com ele.
Contra o Bangu, vale destacar que Paulo Sousa não poderá escalar Andreas e Arão, suspensos. O setor, constantemente exposto por conta de um crônico mau posicionamento dos volantes, precisa ser afinado para "ontem", e o técnico terá a oportunidade de testar novos jogadores ou até variar a formação do meio para frente. É alarmante a facilidade com que Nenê flutuou entre as linhas, algo que o Vasco, numa eventual semifinal, pode usar como principal arma e surpreender, por exemplo.
ANOTE O PRÓXIMO JOGO
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O Flamengo garantiu a segunda posição da Taça Guanabara e, assim, terá a vantagem do empate na semifinal do Carioca. A última rodada definirá se o adversário será o Vasco ou o Botafogo. O Fla enfrenta o Bangu no próximo sábado, às 19h30, no Maracanã.
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