Vitrine para o clube e ‘apresentação’ para Paulo Sousa: a importância da Copinha para o futuro do Flamengo
Estreia na Copinha é uma oportunidade para o clube ver os ativos se valorizarem; já para os crias é a chance de mostrar que podem ser utilizados pelo novo técnico nos próximos anos
O Flamengo terá um compromisso importante para o futuro nesta quarta-feira. Isso acontece porque o Rubro-Negro enfrenta o Forte-ES na Arena Barueri, às 21h45, pela primeira rodada da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Nesse sentido, o duelo marca o primeiro capítulo de uma competição que servirá: como uma vitrine para o Fla e como a primeira oportunidade para que o técnico do time profissional, Paulo Sousa, ainda que a distância, conheça os jovens jogadores da base.
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Paulo Sousa, vale lembrar, é um treinador que pode apostar nos jovens. Em conversa com o LANCE! no fim do ano passado, o jornalista André Veloso, do jornal OJOGO e da Rádio Onda Viva, destacou que o treinador aposta mais rapidamente do que Jorge Jesus em jogadores da base que estejam prontos para o profissional. Assim, o jogo desta noite já é o primeiro passo para que os crias "se apresentem" ao português e, consequentemente, nos próximos anos, ganhem minutos entre os profissionais.
- Ao contrário do Jorge Jesus, que dificilmente aposta em jogadores da base, só quer jogadores feitos, não quer ter o trabalho de os trabalhar, o Paulo Sousa pode apostar em jovens. E o próprio foi resultado de uma grande geração que acabou por ser campeão do mundo dos juniores - disse André.
- Foi a geração dele que começou a abrir a porta para que os jovens pudessem entrar nos anos 80, 90 nas grandes equipes portuguesas, o que era muito difícil na altura. Tendo o Flamengo uma boa categoria de base com os elementos prontos para a equipe principal, o Paulo Sousa mais rapidamente que o Jorge Jesus aposta neles - completou.
Outro ponto que precisa ser destacado é que a Copinha também é uma vitrine para o Flamengo. Jogadores que não fazem parte do futuro da diretoria podem se valorizar na competição. Desse modo, a partir desta quarta-feira, os ativos do Fla podem ganhar destaque no mercado e, então, gerar receita para que o clube invista ainda mais no futebol.
Vale lembrar, por exemplo, que o Flamengo já acumula, aproximadamente, R$ 10 milhões com transações de atletas que oriundos das categorias de base, como Bill (Dnipro-1, da Ucrânia, pagou R$ 2,5 milhões), Max (negociado com o Colorado Rapids por cerca de R$ 5,6 milhões) e João Lucas, que rescindiu com o Fla para permanecer no Cuiabá em definitivo por uma quantia na casa de R$ 1 milhão.