Abel Braga critica arbitragem ‘lamentável’ em eliminação do Fluminense e diz: ‘Estamos desolados’
Treinador citou ainda gols sofridos em jogadas já previstas pelo Flu e peso da derrota para o Olimpia na Libertadores
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Depois de uma boa vantagem de 3 a 1 na partida de ida, o Fluminense decepcionou e foi eliminado na terceira fase da Libertadores com a derrota nos pênaltis para o Olimpia (PAR) após perder por 2 a 0 no tempo normal. Após a partida no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, o técnico Abel Braga lamentou o resultado em entrevista coletiva, mas fez questão de criticar a arbitragem. Assim como o zagueiro David Braz, o treinador afirmou que a decisão de Roberto Tobar, do Chile, em anular o gol tricolor aos sete minutos do primeiro tempo mudou a partida, além de citar o lance da expulsão de Nino.
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- Estamos desolados. No primeiro jogo nós tivemos uma ideia muito clara da maneira de jogar o Olimpia, que é em cruzamentos para a área. Neutralizamos muitas e muitas vezes, mas no fundo sofremos dois gols provenientes de cruzamentos. Em casa, ganhando o jogo, o Olimpia já tinha nos dado o contra-ataque, mas hoje não funcionou. Corremos muito com a bola, adiantamos. O que normalmente ocorre com naturalidade hoje encontramos uma dificuldade grande. Depois, quando ficamos correndo atrás, em momento algum o Olimpia chegou ao nosso gol em bola trabalhada - analisou.
- Mas foi o que fizeram no Rio de Janeiro, cruzaram e fizeram os gols. Não sou de ficar criticando arbitragem. Mas no gol, a falta no Nino antes de a bola chegar lá atrás. Depois ele fez a falta e merecia a expulsão, mas sofreu uma falta antes. E o gol anulado é simplesmente lamentável. Ali já nos dava uma vantagem muito grande. O que aconteceu nós sabíamos de cor, estava decoradíssimo. Não cumprimos muito bem a forma de diminuir as laterais para que não houvesse cruzamento. A zaga cortou vários e duas vezes eles tiveram a felicidade - completou.
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O Fluminense adotou uma postura defensiva ao longo dos 90 minutos e não conseguiu sair bem nos contra-ataques. A atuação ruim também foi falada pelo treinador, que viu os gols sofridos exatamente em jogadas que o time havia trabalhado na véspera do confronto.
- Jogamos mais retraídos. Não podemos esquecer que, mesmo com vantagem, entramos com três atacantes de velocidade. Jogadores que tiveram o contra-ataque, mas não estavam em uma noite feliz. Sobrecarregou demais os volantes, tanto o André como o Martinelli. Mas sinceramente não dá para entender muito. A desolação é grande - admitiu o treinador.
- Foram gols sofridos que treinamos muito do jogo de quarta para cá. Sabíamos que eles jogavam assim. Eu nem ia colocar mais um zagueiro, só mudei porque eles colocaram dois caras altos para cruzar na área. Mas foi uma pena. Tivemos a chance do gol e tivemos o azar de errar no pé do garoto. Ele entrou bem, o goleiro defendeu com o pé. Poderia ter sido um pouco melhor. É um grupo que não tem a satisfação pessoal do individualismo, eles têm muito comprometimento com o coletivo. Sofrermos os gols como sofremos, além de ter sido previsto, é complicado de entender - concluiu.
Agora, o Flu volta as atenções para o Campeonato Carioca, onde faz o primeiro jogo da semifinal na próxima segunda-feira, às 20h, contra o Botafogo no Estádio Nilton Santos. Por ter caído na terceira fase, o Fluminense vai disputar a Copa Sul-Americana, enquanto o Olimpia entra na fase de grupos da Libertadores.
VEJA AS OUTRAS RESPOSTAS:
MUDANÇAS E LUIZ HENRIQUE
- O Luiz Henrique tomou uma porrada muito forte no jogo passado. Você vê, aquela falta era para expulsão. O jogador ficou fora dos treinamentos até segunda-feira. Ele tentou, sentiu, mas ontem fez o trabalho normal. É simples. As mudanças significam que eu vinha mantendo a equipe, mas em todos os jogos eu colocava Martinelli e Arias e o time melhorou. Hoje a postura dos três atacantes não funcionou, mas os dois estavam merecendo. Não classificamos, tem a dor a decepção do torcedor que lamentamos muito, mas Martinelli e Arias mereceram a titularidade.
MENTAL
- É uma equipe que joga com muitos cruzamentos. Mas eles são fortes nisso. Você perde um jogador que está dentro do jogo, jogando bem. Foi pena, fica com um a menos, encontra dificuldade maior. Quando a bola vinha do lado direito para a esquerda e ao contrário, tínhamos dificuldade de diminuir. O emocional depois do segundo gol não afetou. Só conversamos para irmos aos pênaltis como treinamos, mas eles foram mais felizes. Eles mereceram, mas aquilo que nos propusemos a fazer, que era o contra-ataque, eles nos deram, mas não soubemos aproveitar.
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