Abel garante Fluminense agressivo no jogo de volta, pede regularidade e exalta torcida: ‘Doping de incentivo’
Treinador elogiou o adversário e falou sobre a importância do apoio a Fábio depois da falha no gol do Olímpia; duelo vale vaga na fase de grupos da Libertadores
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O Fluminense conquistou uma importante vantagem ao vencer o Olímpia, do Paraguai, por 3 a 1 nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, pelo jogo de ida da terceira fase da Libertadores. Após a partida, o técnico Abel Braga destacou em entrevista coletiva a boa atuação dos adversários e rechaçou apenas administrar a vantagem na partida de volta, na próxima quarta-feira, em Assunção. Além disso, falou sobre a importância dos torcedores.
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- Analisamos muito contra o Cerro, os dois jogos da primeira fase da Libertadores, duas partidas com o Nacional. Não tínhamos visto essa equipe dessa maneira. Eles jogaram muito bem hoje. Não dá para entrar e ir para lá achando que vai administrar a vantagem, isso é uma bobagem. Tem que procurar atacar, ser agressivo como eles são - disse o treinador.
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- É uma competição atípica e diferente do que estamos acostumados a fazer e ver. Só com muita pegada que vamos superar. Ganhamos hoje e vamos colocar no coração a determinação que o torcedor sentiu no momento que sofremos o gol. A equipe começou a respirar mais, transpirar mais. É assim que temos que jogar, precisamos duelar, a Libertadores é um duelo - completou.
Abel, porém, admitiu que o time ainda tem um caminho para evoluir. O Flu chegou a 12 vitórias consecutivas na temporada. Foi derrotado apenas uma vez, para o Bangu logo na estreia. Mesmo assim, o treinador pede que os jogadores mostrem mais regularidade ao longo dos 90 minutos.
- Não me entregou tudo ainda, principalmente no primeiro tempo. Não nos posicionamos bem em campo, uma coisa que essa equipe tem de positivo é que normalmente cria dúvida ao adversário pelo posicionamento que usamos. Tem momento de jogo que são dois entrando. Falta ainda. Não podemos manter esse segundo tempo bom, primeiro ruim, ou vice-versa. Não dá para esperar 45 minutos para melhorar. A nível de regularidade temos que tentar uma igualdade nos dois tempos - avaliou.
Um dos momentos mais importantes da partida foi a falha do goleiro Fábio ainda no primeiro tempo, que resultou no gol de empate do Olímpia aos 15 minutos. Aos 41 anos, ele saiu mal e deu a bola nos pés de Derlis González, o nome dos paraguaios. Mesmo neste cenário, os tricolores presentes no Nilton Santos cantaram no nome do arqueiro e o apoiaram. Abel exaltou o momento e falou sobre as características da partida.
- Isso foi o maior doping de incentivo que poderíamos ter. Não foi uma falha que a bola bateu no gramado, enganou, não, a verdade é que foi bizarra. E naquele momento acho que a torcida vendo a atitude dos jogadores comprou a ideia, incentivou fortemente e a equipe aos poucos foi reagindo. No começo do segundo tempo teve a felicidade do gol. Acho até que no contra-ataque poderíamos ser mais eficazes, mas começaram a jogar a bola dentro da área pelo alto. Quebra o jogo, me falaram que teve 41 minutos de bola rolando, é um absurdo. Se for assim no Paraguai nos interessa - comentou.
O treinador ainda falou sobre os problemas que a equipe enfrentou ao longo do jogo e explicou a escolha por colocar Pineida na reta final na vaga de Willian Bigode. O próximo encontro entre as equipes é na quarta-feira, dia 16, no Defensores Del Chaco, em Assunção, no Paraguai. A partida será novamente às 21h30 (de Brasília). Antes disso, o Tricolor faz o último jogo da Taça Guanabara, da qual já é campeão, no sábado, contra o Boavista, às 16h.
- Nosso primeiro tempo não foi bom. Nós não encaixamos a marcação, eles jogaram muito livres, com uma movimentação que o volante do lado da bola ia buscar e o outro fazia a diagonal. A mesma coisa os atacantes. Nós deixávamos sobrar dois jogadores. Se está faltando gente atrás é porque está sobrando no meio-campo. No segundo tempo esse problema acabou. Fiquei muito satisfeito com a entrada do Pineida, apesar de ter sido pouco tempo. O jogo ficou agudo pelo lado. Na Moldávia o Cristiano jogava na linha de frente, então foi mais um problema que resolvemos. É chato que o torcedor pensa que estava chamando o time, mas eles deram o contra-ataque, poderíamos ter aproveitado.
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