Depois de um início de ano arrasador, uma fratura no pé direito tirou Gustavo Scarpa dos gramados por mais de dois meses e, desde então, não voltou à melhor forma. Não só o ritmo de jogo foi interrompido, mas também a confiança do camisa 10. O prestígio com a torcida, pela primeira vez, chegou a ser ameaçado. Mas não com o treinador.
O meia, sempre elogiado por Abel, jamais foi barrado por opção técnica. Na partida anterior, contra o Santos, o comandante disse que o time pecou por errar muitos passes bobos, sem citar nomes. No dia, Scarpa havia errado sete - e foi o mais cobrado pelos torcedores. A volta por cima veio na noite passada, com duas assistências para Henrique Dourado.
- Temos alguns diferenciados. Entrei no campo para dar um abraço no Scarpa. Por ser de um nível muito alto, as cobranças são muito grandes. Ele não desiste. Pode errar 1, 2, 3... - disse Abelão, que comemorou a boa atuação do meia.
- No fim, o coloquei como um falso atacante e ele vai lá e dá outra assistência. Já tinha dado para o primeiro.
Dar passe para gols, na verdade, não é novidade para o camisa 10. Com os dois de ontem, ele retomou o posto de garçom do Fluminense na temporada, com nove passes diretos no ano, ultrapassando Richarlison, vendido ao Watford, com oito. No Brasileirão, ultrapassou o trio Luan, Cazares e Bruno Henrique e agora é o líder do ranking.