Fluminense ainda vive dependência e espera confirmação da volta de Nenê
Jogador foi o único do elenco a testar positivo para a COVID-19, mas se recuperou e voltou a treinar no sábado; seriam apenas cinco atividades até a reestreia
O primeiro jogo após a paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus mostrou um Fluminense frágil física e tecnicamente. Não foi apenas a expulsão de Egídio ainda no início da derrota por 3 a 0 contra o Volta Redonda que complicou a vida da equipe, mas também uma deficiência, especialmente na criação. Isso leva diretamente ao desfalque do que hoje é o jogador mais importante do time: Nenê.
Depois de dar positivo no teste da COVID-19, o meia retornou aos treinamentos apenas no sábado, véspera da reestreia na Taça Rio. Para a rodada final, contra o Macaé, ele ainda é dúvida. Apesar de estar totalmente recuperado do vírus, ele terá apenas cinco dias de treinos antes da data do jogo, a próxima quinta-feira. Nenê está motivado e quer entrar em campo o mais rápido possível. Durante a quarentena, conseguiu se manter em forma e trabalhou forte para isso. No entanto, depende da liberação da comissão técnica.
Mesmo aos 38 anos, esse foi apenas o terceiro jogo que Nenê ficou fora em 2020. E a primeira derrota. Os outros dois foram as goleadas por 5 a 1 contra Madureira e Bangu, também pelo Carioca. Na única partida em que foi reserva, ele entrou e ficou 18 minutos em campo, foi bem e deu volume de jogo, mas não evitou a derrota para o Boavista por 1 a 0.
O camisa 77 marcou em sete dos 13 jogos que atuou e é o artilheiro do Fluminense em 2020. Os jogos em que o time teve pior rendimento na temporada foram as partidas em que, apesar de Nenê estar em campo, ele ou estava bem marcado ou jogou mal, como na eliminação da Copa Sul-Americana para o Unión La Calera, do Chile, e na derrota para o Figueirense na Copa do Brasil. O Flu já mostrou que pode funcionar sem o jogador, como contra Bangu e Madureira. No entanto, a equipe ainda se mostra dependente.
Com Nenê fora de combate, Odair deu a chance para Ganso como titular pela primeira vez na temporada, mas não foi justificado. O meia foi discreto contra o Volta Redonda e apareceu em apenas uma oportunidade criada pelo Flu, com Fernando Pacheco. Ele acabou substituído aos 15 minutos do segundo tempo, quando o treinador tentava dar mais mobilidade ao time. Especialmente com o retorno de Fred, é preciso que a bola chegue com mais qualidade. Nenê dá tanto o passe quanto a finalização.
Outras alternativas encontradas por Odair Hellmann em partidas anteriores e que podem voltar foram o jovem Miguel, que está recuperado de lesão e entrou no segundo tempo do jogo, e Marcos Paulo. No caso do segundo, o jovem acabou sacrificado após a expulsão de Egídio, mas seria testado em uma função próxima ao de camisa 10, ajudando mais na criação e onde se sente melhor.