ANÁLISE: Fluminense sobra contra o Flamengo e tem apetite para mais em 2023
Tricolor dominou o time da Gávea do início ao fim e conquistou o título com merecimento diante de um rival fragilizado e que pareceu entregue desde o apito inicial no Maracanã
Fez-se a justiça. O Fluminense sagrou-se campeão carioca no último domingo com uma goleada de 4 a 1 sobre o grande rival Flamengo, mas, além do placar, o que se viu no Maracanã foi uma aula coletiva da equipe tricolor. Atrás no placar agregado, o time de Laranjeiras tomou as rédeas da partida desde os primeiros minutos e mostrou quem iria mandar no confronto.
A vantagem rubro-negra de 2 a 0, obtida no jogo de ida, evaporou em apenas 31 minutos. Marcelo e Cano fizeram bonitos gols e deixaram o jogo em aberto. O primeiro tempo acabou com o mesmo resultado da primeira partida da final, mas o Fluminense poderia ter goleado já nos 45 minutos iniciais tamanha a superioridade dentro das quatro linhas.
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Na segunda etapa, o Fluminense nocauteou o Flamengo e não deu chances para que o time comandado por Vitor Pereira sonhasse com uma reação. A postura ofensiva, mesmo com um resultado que no pior dos cenários levaria o jogo para os pênaltis, foi explicada pela zagueiro Nino. Após a partida, o capitão tricolor contou como foi a conversa no vestiário e disse que todos tinham em mente que precisavam continuar buscando o gol.
- A conversa foi para manter (a postura). A gente entendeu que o time estava bem e que se a gente continuasse da mesma forma conseguiríamos fazer mais gols que nos dariam a vitória sem precisar dos pênaltis. A conversa foi essa, para que a gente não abaixasse o ritmo, que os gols iriam sair, e foi isso que aconteceu - disse Nino.
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O Fluminense tratou o jogo com o Flamengo como se fosse um treino tático de ataque contra defesa. O Tricolor sentiu-se à vontade desde o início para fazer o que bem quis contra o elenco mais poderoso do país. O time de Laranjeiras mostrou que é capaz de encarar qualquer adversário no continente e, mais do que isso, de dominar qualquer rival que cruzar seu caminho.
Relatos indicam que as palavras do técnico Fernando Diniz antes da partida motivaram e encorajaram mais do que o normal o elenco tricolor, que teve nomes experientes, como o volante Felipe Melo, chorando antes da bola rolar. Mais do que um treinador, o comandante do Fluminense, que é psicólogo de formação, sabe usar as palavras ao seu favor para motivar seus jogadores.
Na quarta-feira, o Fluminense inicia a disputa pelo título da Copa do Brasil, contra o Paysandu, no Maracanã. No sábado, o Tricolor começa o Campeonato Brasileiro, contra o América-MG, em Belo Horizonte. Na Libertadores, o time de Laranjeiras lidera sua chave depois da primeira rodada. A temporada segue para o campeão carioca, que quer soltar o grito mais desejado pelo torcedor mais vezes até o fim de 2023. E futebol o Fluminense já mostrou que tem e pode desempenhar para ganhar mais.