ANÁLISE: Fluminense tropeça em erros e não aproveita chance de se impor diante do Vasco
Tricolores amargam derrota por 4 a 2 para cruz-maltinos no Niltão
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Os vacilos voltaram a rondar o Fluminense no Campeonato Brasileiro. Na derrota por 4 a 2 para o Vasco, a equipe das Laranjeiras acenou que poderia sair de campo vitoriosa com naturalidade. No entanto, hesitações atrapalharam a equipe em um clássico decisivo disputado no Nilton Santos.
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No duelo, o Tricolor das Laranjeiras viu jogadores se dedicarem ao máximo em busca do resultado. Porém, erros em jogadas pelo alto culminaram na derrota no clássico.
Os tricolores chegaram a rondar a área adversária com maior precisão. Mas, na primeira investida mais contundente do Vasco, ficou nítido o desentrosamento entre Nino e Marlon. A dupla permitiu a entrada de Praxedes, que subiu livre para aproveitar cruzamento de Rossi.
O Fluminense cercou a área cruz-maltina no decorrer da partida, mas não viu as jogadas sairem com a naturalidade esperada na etapa inicial. Além de Marcelo estar distante da linha de frente, Keno se afobava em alguns momentos e Germán Cano pouco arriscava. As melhores ações vinham dos pés de John Kennedy. Ágil, o atacante se desvencilhava da zaga vascaína e exigia Léo Jardim, além de ter carimbado a trave.
Na volta do intervalo, Barros tornou o Tricolor das Laranjeiras mais ofensivo, ao sacar Marlon e colocar Martinelli. Em menos de um minuto, a equipe parecia entrar nos eixos. Em jogada iniciada pelo jovem, Guga acionou Marcelo e o camisa 12 teve precisão para igualar.
A equipe retomou suas forças e ia conseguindo seu desafogo, mas logo se enrolou e sofreu outro gol em bola aérea, em lance que achou Vegetti.
- Faltou muito mais atitude dos nossos jogadores protegerem o movimento, que era um movimento conhecido, do que propriamente a estrutura. Tomamos um gol no setor que protege muito bem ao longo dos mais de 50 jogos - disse Eduardo Barros em coletiva após o jogo.
Mesmo assim, o Fluminense continuou a mostrar-se impetuoso. Com uma postura ainda mais ofensiva, a equipe rondou os cruz-maltinos, tocando bola, até um lançamento abrir caminho para Guga servir e Lima finalizar.
Gradativamente, os tricolores foram imprensando o Vasco e indicaram que teriam condições de virar a partida. Sem Ganso, Marcelo passou a agir como um articulador de maneira mais incisiva.
- Jogadores técnicos e inteligentes têm de participar muito do jogo. A postura de marcação do Vasco deu margem para isso, para ele atuar mais por dentro - disse.
Porém, por mais que os tricolores tenham se lançado à frente, as ações ofensivas não chegavam a ameaçar com tanta precisão a meta de Léo Jardim. Mais uma vez, John Kennedy oferecia perigo, enquanto Cano pouco surgia.
A situação saiu de controle quando atletas que cresciam em campo começaram a se desnortear. Em meio a um erro de Guga, André recuou mal e deu brecha para Gabriel Pec marcar.
Eduardo Barros recorreu a Daniel, que chegou a trazer uma leve melhora de início, mas logo se perdeu em uma equipe que atacava de maneira atabalhoada. As entradas de Yony González e Diogo Barbosa pouco proporcionaram a uma equipe que não oferecia perigo.
A expectativa por uma reação mais firme teve como ponto final um novo gol sofrido por via aérea. Em cruzamento de Puma Rodríguez, Vegetti cabeceou e, diante do desentrosamento de Nino e André, Gabriel Pec, de cabeça, definiu.
Com três gols por via aérea e um por erro individual, o Fluminense fica em alerta para as próximas rodadas. Além disso, jogadas que poderiam ser decisivas ficaram pelo caminho no confronto do Nilton Santos. A equipe volta a campo quarta-feira, dia 20, para encarar o Cruzeiro no Maracanã.
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