Apagado no ano, Júnior Dutra foi bem no Avaí e atuou em mais três países

Novo reforço do Fluminense chega para ser reserva de Pedro, mas oferece outras alternativas a Marcelo Oliveira

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Depois de passar por algumas mudanças na parte técnica e na direção, o Fluminense aproveitou a parada para a Copa do Mundo para reforçar seu elenco. Uma das posições que mais foi falada desde o início do ano era a de centroavante. Para isso, o Tricolor acertou o empréstimo do atacante Júnior Dutra, que deve disputar vaga com o jovem Pedro. Durante a temporada, Kleber Gladiador e Henan chegaram a ser cogitados no clube.

Contratado para ser o substituto de Jô no Corinthians, mesmo sem a característica de centroavante de referência, Júnior Dutra não conseguiu render na função com Fábio Carille. O que acabou levando ele a São Paulo foi a ótima passagem pelo Avaí durante o ano passado.

- O Júnior Dutra chegou ao Avaí com o status de centroavante, mas acabou jogando até algumas poucas partidas como meia central. Ele iniciou como reserva, até porque o time tinha o Denilson, mas depois foi ganhando a vaga pelas boas atuações. Os dois chegaram a jogar juntos. O Dutra apareceu mais pela ponta, utilizando o Rômulo como camisa 9 mesmo. Como a postura do Avaí era mais defensiva, ele ajudava muito na marcação. Perdeu alguns gols que poderiam ser decisivos, mas foi artilheiro de um time que fazia poucos gols. Se sacrificou na posição pelo time. Por isso, a torcida sempre gostou dele - analisou Bruno da Silva, repórter da VAVEL Brasil.

A história de Dutra no futebol, porém, vem de muito antes. Profissional desde 2004, pelo Santos, ele teve passagens por Atlético-PR e Santo André antes de chegar ao Kyoto Sanga, do Japão. Ele ainda atuou por Kashima Antlers antes de voar para a Bélgica e desembarcar no Lokeren. Depois de dois anos, se transferiu para o Al-Arabi em 2016. Em julho do mesmo ano, voltou ao Brasil para vestir as cores do Vasco.

Atualmente com 30 anos, sua vida em terras japonesas não foi fácil no início, mas acabou se tornando um dos lugares em que ele mais teve sucesso. Com a necessidade de adaptação, ele aproveitou os três anos que passou por lá para aprender o idioma e se acostumar com a culinária local. Em campo, conquistou uma Copa do Japão em 2012 e uma Copa Suruga Bank em 2013. Saiu do país com o apelido de Samurai depois de fazer um ensaio fotográfico com o tema e adotou o estilo nas comemorações dos gols.

No país belga, venceu uma Copa da Bélgica em 2014 e fez 78 jogos pelo Lokeren, com 18 gols. Júnio Dutra ainda teve uma camisa leiloada e se assustou ao ver um fã pagar quase 2 mil euros pela peça. O atacante afirmou, em uma entrevista à "TV Avaí", que o aprendizado mais importante no continente europeu foi a parte tática do jogo.

A passagem pelo país que sediará a próxima Copa do Mundo foi diferente e complicada pelo enorme choque cultural, e durou apenas alguns meses. Depois, foi para o clube Cruz-Maltino, mas não conseguiu se destacar.

Junior Dutra vai reforçar uma posição apontada como carente no Fluminense desde o início da temporada. Atualmente, para centroavante, Marcelo Oliveira conta apenas com os jovens Pedro - que foi artilheiro do Campeonato Carioca - e João Carlos, que acertou após o Estadual.

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