O Fluminense tem 116 anos de existência, mas viu a equipe de 2018 igualar uma das piores marcas negativas da história do clube. Completando seis jogos seguidos sem fazer gols após ser derrotado pelo Bahia, nesta quinta-feira, por 2 a 0, o Tricolor igualou o seu recorde de maior seca da história da instituição: em 1971, também ficou o mesmo tempo sem balançar as redes. Evidencia a ineficiência do ataque tricolor.
Há 47 anos, o Flu ficou sem marcar por seis jogos seguidos pela única vez na história: contra Botafogo, América-MG, Cruzeiro, Palmeiras, Portuguesa (SP) e Corinthians, no Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 2018, não marcou contra Santos, Atlético-PR, Sport, Palmeiras, Ceará e Bahia.
- Tivemos chance contra Vasco, Sport, vai apertando. Queríamos ao menos um ponto aqui. Não foi possível. Estamos estudando agora e talvez tenhamos que ir com o time principal contra o Inter. Como são jogadores que lutam muito, temos que fazer esse sacrifício - declarou Marcelo Oliveira.
A partida contra o Bahia foi apenas um reflexo do momento vivido. Dos últimos 18 pontos disputados, o Fluminense ganhou apenas dois, com empates por 0 a 0, em casa, diante de adversários que lutam contra o rebaixamento - Sport e Ceará. Fora isso, foram quatro derrotas (3 a 0 para o Santos, 1 a 0 para o Vasco, 3 a 0 com o Palmeiras e os 2 a 0 para o Bahia).
A derrota na Fonte Nova também colocou nos holofotes uma equipe apática, que foi dominada do início ao fim e não conseguiu reagir, obrigando o goleiro Douglas a fazer sua primeira defesa apenas aos 40 minutos do segundo tempo.
Além disso, os problemas do time tricolor vão para fora de campo. Dois meses de salários atrasados. Cinco meses de direito de imagem não quitados. Promessas da diretoria não cumpridas. Ausência de Pedro Abad cobrada pelos atletas. Esses são apenas alguns dos aspectos da crise vivida pelo Fluminense, que recai sobre os jogadores e o técnico Marcelo Oliveira.