Apesar da sequência positiva no Carioca, setor de armação do Fluminense ainda peca; veja a análise
Mesmo com Nenê e Ganso para realizaram a função, meio campo do Tricolor segue lento e traz alertas a 10 dias da Libertadores
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Embora viva um bom momento no Campeonato Carioca, com sete gols marcados em duas vitórias consecutivas, o Fluminense ainda traz preocupações quando o assunto é o setor de armação da equipe. Isso porque, principalmente o que se viu nos dois últimos confrontos do Tricolor foram primeiros tempos lentos, sem criatividade e, que se desenrolaram em vitórias, graças a leveza dos crias de Xerém. Assim, confira a seguir a análise do que vem dando certo e errado no setor do meio campo do Fluminense.
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FALTA MAIS UM 10
Dentre todos os testes feitos, tanto pela atual comissão técnica como a antiga de Odair Hellmann e, posteriormente, de Marcão, definitivamente Nenê foi quem mais apareceu em campo como o armador do Fluminense. Além do camisa 77, Ganso é outro que entra com frequência e, em tese, exerce a mesma função que seu companheiro.
Porém, por mais que os dois atletas sejam renomados e até veem apresentando um bom futebol nesta temporada - Nenê já marcou e deu três assistências, enquanto Ganso também deixou o seu, em duas ocasiões -, pelas características dos jogadores o meio campo do Fluminense demonstra, com frequência, dificuldades para exercer a armação.
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É claro que Nenê, indiscutivelmente, é um exímio cobrador de faltas e bolas paradas do Flu. Tanto é que, exatamente dessa maneira, anotou um belo gol na goleada por 4 a 1, em cima do Macaé. No entanto, por estar com a idade elevada, o jogador muitas vezes não consegue imprimir o ritmo necessário a equipe e, automaticamente, Fred - ou quem estiver jogando na referência - acaba ficando isolado e pouco participativo.
Foi o que ocorreu na partida do último domingo, contra o Nova Iguaçu. Na primeira etapa, por Martinelli também não ter tido uma noite iluminada, uma vez que auxilia nas jogadas de criação, Nenê se viu o único responsável por armar o Fluminense. Tal situação se confirmou mais ainda, após Roger Machado escalar Wellington como um dos volante, sendo um atleta de semblantes mais defensivos.
É verdade que na etapa final Nenê jogou bem e, inclusive, entrou para história ao dar a assistência para o gol 400 de Fred. No entanto, tendo em vista o começo da Libertadores daqui a 10 dias, uma equipe melhor preparada é aquela que não vive de um tempo só e, da mesma maneira, consegue efetivar o quanto antes suas jogadas em gol.
Assim, a ausência de passes verticais que fazem o jogo fluir e, consequentemente, conseguem ligar os setores ofensivos do Fluminense também se torna um problema quando Ganso está em campo.
Por mais que o jogador tenha um talento nato que sempre foi evidente, suas características não permitem ligações rápidas que poderiam potencializar Kayky e Luiz Henrique, hoje titulares nas pontas do Tricolor. Veja a seguir quais atletas já foram utilizados, neste setor do campo, na atual temporada:
1. Nenê - quatro jogos
2. Ganso - cinco jogos (um como falso nove)
3. Michel Araújo - três jogos
4. Arthur - um jogo
5. Miguel - um jogo
Dentre todas essas opções, Arthur deve permanecer na base, uma vez que tem somente 16 anos e Miguel, desde que subiu aos profissionais, nunca obteve muitas chances. Com isso, alternativa restante é Michel Araújo. O uruguaio viveu boa fase com a camisa Tricolor em 2020, porém, caiu de produção e atualmente vem permanecendo no banco de reservas do Flu.
Mesmo assim, é importante lembrar que o atleta não tem como suas principais caraterísticas exercer o papel de um 10. Logo, igualmente a Luiz Henrique, quando "quebrou um galho" no ano passado e atuou por dentro, Araújo costuma a exibir suas melhores atuações aberto nas pontas.
Por isso a conclusão é uma só: caso a diretoria não opte por avançar em negociações por alguém do setor, a torcida terá de acostumar a ter apenas Nenê e Ganso no elenco que saibam fazer a função.
Porém, justamente por conta da falta de opções, o Fluminense encaminhou acerto com Cazares, do Corinthians. O jogador não deve renovar com o clube paulista e, portanto, a diretoria do clube não deve dificultar uma negociação. Contudo, por mais que as conversas estejam em andamento, o alto salário ainda é um fator a ser superado na negociação.
Enquanto isso, o Fluminense volta suas atenções ao Campeonato Carioca. Assim, o time volta a campo podendo sacramentar seu avanço de fase no próximo sábado, contra o Botafogo, no Maracanã. Além disso, as datas dos confrontos da libertadores também já foram confirmadas. Assim, o Tricolor encara o River Plate (ARG) no próximo dia 20, no Maracanã, às 19h (de Brasília).
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