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Após saídas importantes e apostas sem resultado, Fluminense resolve deficiências com soluções caseiras

Jogadores de Xerém acabaram sendo cruciais para o Tricolor suprir ausências na lateral, no meio e no ataque ao longo da temporada

Martinelli - Fluminense x Goiás
Martinelli fez dois gols na vitória do Fluminense no Nilton Santos (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)

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O Fluminense é notadamente um dos clubes da Série A que mais utiliza jogadores formados nas categorias de base. Entretanto, diferentemente de alguns casos, muitos jogadores que saem de Xerém acabam se tornando cruciais para a formação da equipe ao longo da temporada. Em 2020/21, o Tricolor apostou em alguns jovens, mas foi praticamente na marra que acabou entendendo a real importância das soluções caseiras em tempos de "vacas magras".

> ATUAÇÕES: Em grande jogo coletivo, Martinelli e Nenê são os destaques na vitória do Fluminense

A pandemia da Covid-19 obrigou o Fluminense a relacionar mais atletas do que o pensado, até pelo surto de infectados no elenco principal e levando em conta o calendário apertado. No último domingo, Samuel Granada se tornou o 23º jogador criado em Xerém a entrar em campo nesta temporada. Em 2019, com mais jogos, o Flu teve 17. Na soma de minutagem, esse número também já foi ultrapassado com tranquilidade. No ano anterior foram 16.235 minutos, enquanto neste são 16.795.

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O maior tempo em campo é explicado: foi na base que o Fluminense encontrou soluções para a maioria dos problemas que surgiram ao longo da temporada. No gol, Muriel vinha em um momento irregular e Marcos Felipe assumiu a vaga. Na lateral-direita, o Flu perdeu Gilberto para o Benfica (POR) e tem como alternativas Igor Julião, que já estava no elenco, e Calegari, integrado na época e hoje titular.

No meio, uma das grandes perdas para o time em 2020 foi o volante Dodi. Tanto Odair quanto Marcão levaram um tempo até encontrarem a melhor formação novamente. Depois de ter Yuri e Hudson por alguns jogos, veio Martinelli. Autor de dois dos três gols da vitória sobre o Goiás, o jovem atua mais recuado, mas encaixou bem na posição.

O ataque é o setor que talvez tenha visto mais jovens serem lançados para tentar resolver o problema de velocidade e criatividade do Fluminense. Evanilson seria o primeiro nome desta lista, mas acabou deixando o clube após ser vendido ao Porto (POR) e abriu uma das lacunas mais difíceis de se fechar.  Luiz Henrique puxou a fila no momento em que Nenê era usado pela ponta e não rendia. Marcos Paulo continuou tendo oportunidades no elenco.

Por último John Kennedy estreou com gol e se mostrou um bom companheiro para Fred, enquanto Samuel teve poucos minutos, mas pode suprir a ausência do centroavante, especialmente considerando que Felippe Cardoso é mais esforçado do que técnico.

O Fluminense já teve as adições do lateral-direito Daniel Lima, o zagueiro Luan Freitas, o lateral-esquerdo Raí e o volante Nascimento, todos do time de Aspirantes e já à disposição de Marcão, além de John Kennedy e Samuel. Para a próxima temporada, Metinho, Matheus Martins e Kayky, do Sub-17, vão ser as novidades. Vale lembrar que o Flu entrará no Campeonato Carioca com o time Sub-23. Provavelmente alguns desses atletas que vão ganhar oportunidades devem fazer as estreias pelo profissional durante o Estadual. A lista dos relacionados deve ser divulgada em breve.

A vitória por 3 a 0 contra o Goiás, pela 33ª rodada, coloca o Flu em quinto lugar, com 53 pontos. A equipe ainda aguarda o resultado do Palmeiras, nesta terça-feira, que pode ultrapassar caso vença. São cinco pontos de desvantagem para o São Paulo, em quarto, posição que dá a classificação direta à Libertadores.

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