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BTG Pactual e SAF do Fluminense: o que é verdade e o que é mentira sobre a parceria

Mário Bittencourt explica parceria e aponta referência para clube-empresa

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imagem cameraMário Bittencourt busca investidores para transformar Fluminense em SAF (Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)
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João Brandão
Rio de Janeiro (RJ)
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Thayuan Leiras
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 26/08/2024
17:52

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Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt explicou a relação entre o clube e o BTG Pactual em busca de investidores para transformar o Tricolor em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O mandatário pretende acabar com as dívidas e abriu o jogo sobre o modelo ideal para a entidade.

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Nas redes sociais, torcedores especulavam sobre o banco ser o dono da SAF do Fluminense, o que não é verdade. O BTG Pactual tem a função de intermediar o clube na busca por investidor.

- Há dois anos, o Fluminense trabalha com esse planejamento. Tem um advisor (consultor), que é um banco muito grande, o BTG, que nos ajuda a buscar investidor. Nos ajuda profissionalmente. Tem um contrato para trazer o investidor. O nosso modelo de SAF ainda não está oficialmente desenhado, mas temos a ideia de não vender o controle do clube. Um modelo muito parecido com o do Fortaleza. Está muito avançado, nossos números foram todos avaliados pelo BTG e por possíveis investidores. Agora, estamos na fase de "due diligence", acredito que essa fase se conclua em setembro - disse em entrevista ao Flashscore Podcast.

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A notícia falsa de que o BTG seria um investidor causou mal estar interno em Laranjeiras e, principalmente, entre os executivos do banco, que entraram na parceria para ajudar o clube e já se viram na exposição que vem junto do envolvimento com o futebol. O banco tem a missão de auxiliar na estruturação e encontrar parceiros para a possível nova empresa tricolor. O Fluminense já deu algumas diretrizes para o banco, entre elas a predileção por capital nacional.

O Lance! explica o processo em que o Fluminense se encontra junto ao BTG Pactual na busca por um investidor para o clube. Assim como o modelo de SAF utilizada pelo Fortaleza, tido como um ideal para Mário Bittencourt.

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Mário Bittencourt e André Esteves
André Esteves, do BTG Pactual, é amigo de Mário Bittencourt, presidente do Flu (Foto: Divulgação)

O que é "due diligence"?

Termo utilizado pelo presidente do Fluminense, "due diligence" é um procedimento de estudo e investigação sobre a empresa (o clube, no caso). A diligência prévia analisa possíveis riscos que podem ser levado para interessados, como os investidores.

É uma espécie de auditoria, onde aspectos financeiros, jurídicos, trabalhistas, contábeis, fiscais, ambientais e tecnológicos serão analisados. O objetivo é compreender o Fluminense e como funciona o negócio do clube.

Em entrevista, Mário Bittencourt disse que a expectativa é de que esse processo se encerre em setembro, o que fará com que o Tricolor possa buscar investidores a partir de outubro. O foco é pagar as dívidas para depois investir no futebol.

- A partir de outubro a gente já pode estar no mercado buscando esse investidor. E aí vai ser um modelo em que primeiro vamos tentar pagar a dívida do passado, que é muito grande, e concomitantemente investir ainda mais no futebol.

Nesse momento, o Fluminense está em fase de estruturação do projeto, estuda o modelo de negócio, contrato e, principalmente, o valor da SAF. O clube não vai ao mercado antes de definir com precisão quanto vale a nova empresa.

Como é a SAF do Fortaleza?

Em 2023, o Fortaleza se transformou em uma SAF com a aprovação de 94% dos votos realizados em uma Assembleia Geral de sócios. No entanto, o clube segue sendo dono de 100% das ações da SAF com o intuito de ter "acesso mais fácil e mais barato a crédito no mercado", segundo o CEO Marcelo Paz, além de ter um modelo de gestão mais moderno.

Nesse sentido, o Tricolor tem condições de negociar suas ações no mercado, mas esse movimento deve passar primeiro pela aprovação do clube associativo. Na sequência, a assembleia de sócios também precisará dar o aval para a venda de determinada porcentagem. Essa decisão não estará nas mãos somente do CEO ou de Geraldo Luciano, presidente do Conselho de Administração da SAF.

Inicialmente, o Fortaleza não pretende se desfazer de mais do que 51% das ações e impõe uma cláusula de barreira com um valor muito elevado. O objetivo não é com que o Tricolor tenha um novo dono, como foi o caso do Vasco, que havia vendido 70% de suas ações para a 777 Partners.

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Marcelo Paz é o CEO da SAF do Fortaleza (Karim Georges/Fortaleza EC)

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