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Eleições se aproximam: veja o cenário atual da política do Fluminense

Pleito ainda não tem data marcada, mas deve acontecer na segunda quinzena de novembro e por enquanto tem somente um pré-candidato

Pedro Antonio, Mario Bittencourt e Ademar Arrais
imagem cameraPedro Antonio, Mário Bittencourt e Ademar Arrais são os três nomes da política atual do Fluminense (Foto: Reprodução/Instagram/Fluminense)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/08/2022
12:49
Atualizado em 10/08/2022
09:29

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As eleições presidenciais do Fluminense estão se aproximando e o cenário já começa a se desenhar. Até o momento, o único que já lançou uma pré-candidatura para o cargo no triênio 2023-2025 é o advogado Ademar Arrais, de 51 anos e integrante do grupo político "Ideal Tricolor". A data do pleito ainda será marcada, mas a tendência é que o período de realização seja a segunda quinzena de novembro.

O atual presidente, Mário Bittencourt, já admitiu que deve disputar a eleição, mas ainda não oficializou a pré-candidatura. Na última entrevista coletiva em junho para falar dos três anos de gestão, Bittencourt exaltou o mandato e projetou a participação. Ainda é cedo para avaliar o cenário, mas o dirigente aparece bem cotado, especialmente pelo bom momento do time no campo.

- A gente desenvolveu um plano de gestão que conseguimos executar 60%, 70%. E com a análise de um grande instituição que indica que o trabalho está sendo bem feito no âmbito financeiro. A minha equipe tem muita vontade de seguir. É um lançamento de candidatura? Não. A eleição é só em novembro. Estamos preocupados com a reestruturação e o futebol. É uma tendência que eu seja candidato à reeleição - afirmou na época.

Veja a tabela do Campeonato Brasileiro

A oposição no momento é de Ademar Arrais, ex-conselheiro do Fluminense nas gestões David Fischel, Roberto Horcades e Peter Siemsen. Nessa última, chegou a ser vice-presidente de planejamento estratégico por alguns meses, mas renunciou por divergências ao modelo de gestão. Nas últimas eleições, o grupo "Ideal Tricolor" apoiou Peter Siemsen em 2013, Celso Barros em 2016, quando Arrais foi coordenador da campanha, e Ricardo Tenório em 2019.

OUTROS DA OPOSIÇÃO

Quem também pode aparecer nesse cenário é Pedro Antonio. Cotado também em 2019, o ex-vice de projetos especiais que dava nome ao CT, hoje chamado de Carlos Castilho, ainda não se pronunciou se será candidato. A presença dele no pleito é uma das grandes dúvidas do momento, mas também um ponto importante. Muitas pessoas nos bastidores acreditam ser o único nome capaz de desbancar Mário.

O milionário ainda analisa seus próximos passos. A única certeza é que ele contratou um estudo sobre a SAF com Pedro Trengrouse por entender que esse é o caminho financeiro para o Fluminense. Pedro Antonio entende que não quer ser mais um aventureiro e, por isso, só vai se candidatar se tiver certeza sobre a gestão.

Um dos planos seria a mudança de estatuto. Além da necessidade para se tornar clube-empresa, os focos seriam responsabilização dos dirigentes por possíveis danos ao clube, o fornecimento mais cedo da listagem de sócios aptos ao voto e também a mudança da obrigação das 200 assinaturas para registro de chapa.

Nesse último ponto, todos os candidatos precisam dessas assinaturas de sócios do clube, sem contar a modalidade sócio-futebol. A oficialização das chapas acontece na primeira quinzena de novembro. Atual vice-presidente eleito e atuante na política tricolor, Celso Barros vinha aguardando o posicionamento do milionário para definir seu papel no processo. A tendência é que seja apenas de oposição, sem ocupar cargos.

+ Mário Bittencourt completa três anos no Fluminense com melhora nos cofres e promessas não cumpridas

O CENÁRIO DO ATUAL PRESIDENTE

A verdade é que, assim como na maior parte dos cenários eleitorais de clubes, o que acontece no campo é parte fundamental do resultado das urnas. Se em algum momento do ano o lado de Mário Bittencourt se mostrou ameaçado, como na queda da Libertadores e da Sul-Americana, agora parece que a reeleição tem mais chances.

Pesa a favor do mandatário a sensação geral de que o momento financeiro melhorou durante a atual gestão, com o pagamento das dívidas, acordos em processos, aumento dos sócios e maior investimento no time. Entretanto, algumas promessas não cumpridas, como o voto online, que ainda não está confirmado para a eleição, e a venda de joias de Xerém por preços considerados ruins vão para o lado contrário.

O PROJETO DE ADEMAR ARRAIS

Como é o único já declarado candidato até o momento, o LANCE! procurou Ademar Arrais para falar mais sobre a candidatura. Veja a seguir as respostas:

Quais são os principais projetos?

- Mudança de mentalidade, cultura e postura, implementação da SAF, contratação de Auditoria Big Four, planejamento estratégico. permanência do Diniz, saída imediata do Angioni e descentralização do comando do futebol. Além disso, obtenção da CND, tratamento diferente para as dívidas, reforma estatutária, plano de prevenção de novos passivos trabalhistas, previdenciários, cíveis e tributários, separação do futebol, olímpico e social, planejamento Estratégico global e por unidades de negócios, Xerém voltado para capacitação não só de jogadores, mas também de técnicos e profissionais em geral, mas voltado única e exclusivamente para o time principal. Blindagem dos atletas e luta pela maior proteção legislativa para os clubes formadores.

Fazer com que empresários, empregados, jogadores, dirigentes e principalmente o Presidente cumpram o seu papel diante da sua esfera de competência. Defender os interesses do Fluminense incondicionalmente nas mais diferentes esferas. Defender os interesses dos torcedores do Fluminense e do próprio clube no enfrentamento dessa verdadeira máfia existente no Maracanã. Apoiar o projeto Laranjeiras XXI, buscar estádio próprio se for viável, deixar de encarar o sócio futebol como sócio doador estabelecendo uma série de vantagens maiores para que não só se associe como permaneça associado. Exemplo: convênios de descontos com hotéis, companhias aéreas, etc, voto online, dar andamento a eventuais acertos da atual gestão procurando melhora/lós e, por fim, ser o último presidente amador do clube.

Qual a sua história dentro do Fluminense?

- Sou carioca, casado, advogado formado pela Universidade Cândido Mendes, com atuação no direito público e privado. Minha trajetória é guiada por uma paixão: o Fluminense Football Club.
Ainda na adolescência, participei da torcida Juventude Tricolor por um pequeno período e em seguida passei para a Young Flu. Em 1996, sem abandonar a arquibancada, decidi que era hora de ter uma participação mais ativa na política do clube.
Fui eleito conselheiro do Fluminense quatro vezes e sempre tive uma atuação firme e independente na defesa incondicional dos interesses do Clube. Em 1999 apresentei um anteprojeto completo que deu início a maior reforma estatutária das últimas décadas, contribui para aprovação da eleição direta para presidência do clube e depois para a criação da categoria de sócio futebol e do seu direito de voto.
Em 2012 fui Vice-presidente de planejamento estratégico por alguns meses, quando promovi um seminário para iniciar um trabalho de planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo, que se tivesse sido levado à sério à época hoje já teríamos um Fluminense mais forte e vitorioso. Como não houve seriedade por parte da gestão, renunciei ao cargo e denunciei publicamente o que estava acontecendo.

Aos 50 anos, decidi me candidatar à presidência do clube para liderar um processo de transformação e melhorias que tornem de forma consistente o Fluminense mais forte e campeão, retomando assim o protagonismo que perdeu há tempos no futebol e no esporte brasileiro.

Acha que conseguirá as 200 assinaturas?

- A minha meta não é conseguir juntar 200 fichas. Minha meta é conseguir juntar com a máxima urgência a oposição e lideranças fundamentais para o clube, que infelizmente ainda não consegui, como Pedro Antônio, Dr. Celso Barros, Ricardo Tenório, Marcelo Souto, Dr. Francisco Horta, Dr. Roberto Horcades, Frente Ampla Tricolor, Bruno Freitas, Rafael Rolim, Gilson Mauriti , Nelson Vaz Moreira, Cacá Cardoso, Carlos Eugênio Lopes, Diogo Bueno, Gustavo Marins, Nardo, Michel Simoni, dentre outros grandes tricolores, que juntamente com a liderança de Ney Britto, ex-presidente do IBEF e atual gestor financeiro da Confederação Internacional de Voley, junto a um conjunto de Executivos financeiros poderão nos ajudar nesse grande projeto de transformação, profissionalização e consequentemente melhorias do Fluminense. Conseguindo isso, 200 fichas para o conselho será algo desprezível. Ganharemos a eleição com certeza.

OS PRAZOS

De acordo com o estatuto, só é permitida uma reeleição no Fluminense. As chapas devem ser registradas na secretaria do clube entre os dias 1 e 15 de novembro. A partir daí, todos têm acesso à listagem de sócios aptos ao voto para o pleito.

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