Cano diz que treina muitos chutes do meio-campo e pede placa após golaço pelo Fluminense: ‘Merece’
Argentino relembra tentativas de marcar de longe e afirma que companheiros sabem de sua insistência nos treinamentos antes de fazer o golaço
Grande nome da vitória do Fluminense sobre o Vasco no último domingo, o atacante Germán Cano afirmou que o momento não foi simplesmente um ato de sorte, já que treina bastante durante a semana os chutes de longa distância. Em entrevista ao "SporTV" nesta terça-feira, o camisa 14 disse que trabalha com as duas pernas para estar preparado.
- Sempre tem que tentar, com esquerda ou direita. Tem que trabalhar para poder tentar. De perna esquerda é muito difícil, porque não é minha melhor perna, mas consegui fazer. Sou destro, mas também tento praticar a perna esquerda porque é muito importante. Você tem que ter esse recurso. É um trabalho do dia a dia e de muitos anos de sincronizar as duas pernas e ter um recurso a mais dentro de campo - disse Cano, que completou:
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- Esse gol vai ficar marcado pra sempre no coração da nossa torcida. Tentei muitas vezes e nunca tinha dado certo. E agora consegui fazer. Foi uma jogada muito rápida, vi o goleiro adiantado e fiz, no treino e no jogo. Deu tudo certo.
Cano falou também que o golaço é digno de placa. Na última segunda-feira, o perfil do Maracanã nas redes sociais homenageou o atacante com uma "placa digital".
- Poderiam fazer, né? Merece - disse o argentino.
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Finalizações de primeira
- Eu trabalho muito, no treino, e depois faço dentro de campo. Tento fazer com um toque dentro da área porque você surpreende os zagueiros e o goleiro. Eles acham que você vai dominar e chutar, e não. É muito importante ter esse recurso. Quanto menos tempo dentro da área, melhor para a bola entrar no gol.
Outras tentativas de gol do meio-campo
- Várias vezes eu tentei e não tinha dado certo. Vi o goleiro adiantado. Dava para tentar continuar com a bola, mas reparei que ele estava adiantado e consegui fazer o gol. Eu treino todo dia. Se perguntar para os colegas nos treinos, vai ver que eu treino todo dia.
Poucas lesões
- Com o passar do tempo eu fui procurando algumas coisas que mudaram meu corpo, principalmente alimentação, cuidado e descanso. Eu sabia que chegava ao Brasil num bom momento na minha carreira, mas tinha que cuidar do meu corpo porque aqui se joga a cada três ou quatro dias. Também comecei um trabalho com personal, além do Fluminense.
- Não me machuquei e fiz 44 gols nos 70 jogos que atuei. Esse trabalho invisível deu resultado. Quando você vai se cuidando um pouco mais e jogando com garotos de 20 anos que são mais fortes, mas acho que a alimentação e o descanso foram essenciais para a temporada passada.
Expectativas para 2023
- A gente vai brigar por tudo, temos uma equipe muito boa. Nosso maior reforço foi manter o time do ano passado, junto dos jogadores que chegaram. Esse ano vai ser muito melhor, vamos consolidar um pouco mais o time. Estamos preparados para poder brigar pela Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil e Carioca. Vamos brigar por tudo. Temos um grande grupo para poder brigar por todas as competições e tentar aquilo que todos queremos, que é sair campeão.
Fora da Copa do Mundo
- Sou um cara assim, normal, pai de família, fui para a Copa e curti muito com minha família e tirei foto com todo mundo. Respeito todo mundo e todos os times. A pessoa tem que ser respeitada sempre e isso é o caminho certo.
Torcida para Argentina no Qatar
- Não fiquei chateado com ninguém. Fui curtir com minha família. Meu filho e minha esposa queriam ir para lá. Independente de ser chamado, queria curtir e conhecer, além de ver a Copa. Curti muito e saímos campeões do mundo. Não tenho mágoas com ninguém.