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Cardiologista de Ganso assistiu vitória do Fluminense no Maracanã

Fabricio Braga auxiliou o meia durante a recuperação da miocardite

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imagem cameraGanso em campo pelo Fluminense
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Sharon Nigri Prais
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/04/2025
17:19
Atualizado há 2 minutos

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A vitória do Fluminense sobre o Bragantino, no domingo (6), pelo Brasileirão, marcou a torcida tricolor em diversos aspectos. Entre vaias e apreensões no Maracanã, o retorno de Paulo Henrique Ganso aos gramados aliviou a atmosfera diante de fortes aplausos na entrada do camisa 10.

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Aquele foi o primeiro jogo de Ganso no ano depois de longas semanas afastado para tratar uma miocardite diagnosticada na pré-temporada. Na partida, o meia entrou no lugar de Lima, aos 23 minutos do segundo tempo, e gerou comoção nas arquibancadas, mas não só.

Além dos torcedores que ansiavam pela sua volta, outros personagens importantes na recuperação do jogador estavam acompanhando de perto. Um deles é o cardiologista Fabrício Braga, que foi peça chave no processo de reabilitação do ídolo da torcida. Por conta de uma parceria entre o departamento médico do clube e o Laboratório de Performance Humana (LPH), o médico acompanha os atletas tricolores desde 2016.

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— Eu fiz questão de ir. Imagino que tenha ficado mais seguro. É muito bonito para quem é apaixonado pelo esporte, eu sou desde criança. Característica que herdei do meu pai. Vê-lo voltar é bonito, emociona. - disse em entrevista ao "ge".

Em suas redes sociais, o cardiologista publicou uma foto com Ganso, exaltando a "entrega e disciplina durante todo o processo de recuperação" e destacando o apoio da família e do clube, citando coordenador do departamento médico, Douglas Santos, o fisiologista Juliano Spineti e o presidente Mario Bittencourt.

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Ganso e Martinelli comemoram o gol do Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)
Ganso e Martinelli comemoram o gol do Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

Sobre a miocardite e a reabilitação de Ganso com o cardiologista

Diagnosticado com uma miocardite nos exames de pré-temporada, o meia ficou inicialmente 30 dias afastado. Ao fim do prazo, realizou novo exame e então foi liberado para voltar aos treinos. No entanto, a equipe de cardiologistas que acompanha o jogador viu a necessidade de realizar uma ablação, deixando-o fora por mais sete dias. Assim, a partir do dia 22 de março, Ganso voltou aos treinamentos no CT Carlos Castilho.

À reportagem do "ge", Braga explicou que o protocolo tradicional para miocardite, estabelecido nos anos 1980, estabelece um afastamento de três a seis meses. Contudo, por conta dos avanços da medicina, esse tempo pode ser mais curto em casos mais simples, como o de Ganso. Ainda, falou sobre a necessidade de realizar a ablação para tratar uma arritmia detectada que, embora fosse leve, poderia prejudicar o tratamento.

— Isso é uma coisa que já se tem. É uma taquicardia supraventricular (TSV), uma arritmia benigna. Mas, nesse contexto da miocardite, ia acabar nos atrapalhando e por isso resolvemos tratá-la. Muitos atletas já fizeram ablação de TSV. Tivemos até campeão olímpico de natação que fez pouco antes da Olimpíada. Mas, no contexto, poderia atrapalhar caso ele tivesse sintomas e não soubéssemos o porquê. Isso só foi diagnosticado por conta da vigilância eletrocardiográfica.

O caso do camisa 10 não é isolado. Outros atletas já tiveram o mesmo problema, como Alphonso Davies (Bayern de Munique), cuja situação foi semelhante à de Ganso, e Kun Agüero e Christian Eriksen (Manchester United). Estes últimos tiveram consequências mais graves, de modo que o argentino precisou se aposentar e o dinamarquês segue em atividade, mas joga usando um desfibrilador portátil.

Douglas Santos, coordenador do departamento médico do Fluminense (Foto: Reprodução/FFC)
Cardiologista de Ganso acompanhou vitória do Fluminense no Maracanã

Apesar de não possuir histórico de problemas cardíacos, o departamento médico do Fluminense investigou que a razão mais provável para o diagnóstico foi uma gripe contraída pelo atleta em novembro de 2024. Isso porque qualquer infeccção viral pode acarretar em uma miocardite.

— Os exames cardiológicos são realizados uma vez por ano, normalmente na pré-temporada. Para todos os atletas, ou no momento em que chegam novos contratados. Isso é de grande relevância, é de grande importância, porque é uma forma que temos de descobrir alguma alteração cardiológica antes que ocorra complicações serias para o atleta. É um exame preventivo que nos dá o diagnóstico antes do evento se tornar irreversível. - explicou Douglas Santos, ao "ge".

Nestes primeiros meses de retorno, os médicos utilizarão um eletrocardiograma portátil para acompanhar os dados cardíacos de Ganso em tempo real. Com o dispositivo, a equipe médica poderá monitorar as informações à distância e de forma mais completa. Embora esteja recuperado, o meia do Fluminense será monitorado até o fim de sua carreira.

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