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Celso Barros revela bastidores de transferências do Fluminense e critica Mário: ‘Virou um rei’

Em entrevista, vice-presidente do Fluminense afirmou que Mário Bittencourt o isolou; Dirigente criticou gestão do futebol e montagem de elenco

Celso Barros
Celso Barros criticou a gestão do Fluminense em entrevista (Lucas Merçon/Fluminense)

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Na última sexta-feira, Celso Barros concedeu entrevista ao podcast Charla. Durante a conversa, o vice-presidente do Fluminense criticou a gestão de Mário Bittencourt e comentou em detalhes sobre seu afastamento da diretoria de futebol, logo após o início do mandato. O ex-vice de futebol alega que foi traído pelo mandatário tricolor.

- Fui eleito junto com o presidente Mário Bittencourt. Nós fizemos um acordo na época que eu ficaria trabalhando com futebol, que é algo que eu quis pelo patrocínio [master], e porque tinha minha experiência, relacionamentos e conquistas. O Fluminense teve conquistas expressivas. Porém, em dois, três meses, ele resolveu trair esse acordo e criou uma situação em que eu não ficaria na coordenação do futebol [...] Ele já propôs que eu renunciasse porque diz que eu sou oposição a ele, mas ele que se opõe a mim, que o ajudei na eleição. Muitas pessoas me dizem que eu tive 60% a 70% na eleição... Não sei quanto, mas certamente ajudei - contou Celso Barros.

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O dirigente também aproveitou para pontuar discordâncias acerca do modo de gerir o futebol do Fluminense. Segundo ele, houve equívoco nas contratações da temporada, por parte de Mário e Paulo Angioni, da diretoria de futebol.

- O Mário virou um rei. Ele é conhecido como pavão, imperador, reizinho. Vai no vestiário quando está tudo bonito, mas quando perde, some. [...] Ele lida com o Paulo Angioni, executivo antigo e experiente, mas totalmente subserviente a ele. Cumpre exatamente o que o reizinho fala. E esse tipo de coisa leva a um número maior de equívocos. O Fluminense trouxe cinco reforços para a Libertadores. Todo mundo sabia que seria para compor o elenco. É importante, claro, porque o Fluminense não tem um elenco fantástico. Agora, os cinco vão embora. Manoel, Bobadilla, Abel, Cazares e David Braz não eram para ser titulares. [...] Assim, o Fluminense foi embora das competições. Se você ver, o Barcelona tem uma folha salarial muito mais baixa do que a nossa.

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Afastado do futebol e do relacionamento com a presidência, Celso destacou que o rompimento se deu em situações escusas, em especial nas transferências de Pedro e Evanilson.

- Todos nós temos o nosso nível de vaidade, mas o Mário extrapola. Ele queria concentrar tudo na mão para ser o único aparecer. Teve alguns episódios que achei estranho, como no caso do Pedro. Em uma reunião, ele chorou dizendo que queria ir para o Flamengo. No último encontro, estavam os empresários do jogadore e funcionários do clube. O Mário disse que eu não precisava ir a esse encontro, e três meses depois ele apareceu no Flamengo. Ele fez só um jogo na Fiorentina e já voltou para o Flamengo. A segunda foi do Evanilson. O Fluminense perdeu os prazos e ele foi no Eduardo Uram. O Mário foi para resolver a situação, falou para eu não ir de novo, e no dia seguinte ele estava no Porto. Agora estão até investigando, lá em Portugal, irregularidade no comissionamento. Talvez ele não me quisesse presente porque não compactuaria com eventuais situações que não fossem corretas. Não estou dizendo que não foram corretas, mas são estranhas - opinou.

Durante o programa, o VP ainda falou sobre os salários de alguns jogadores e a montagem do elenco. De acordo com Celso Barros, a base é utilizada de forma inadequada, o que compromete o desempenho do clube.

- O Fluminense, na minha opinião, paga alguns salários absurdos, se for observado o rendimento de alguns jogadores, e vende muito mal, para acertar folha salarial. O jogador não chega a dar retorno técnico para o time. Como o Metinho, Kayky, entre outros. Se você olhar o título de 2010 e 2012, não tinha tanto jogador da base no time principal assim. São importantes, mas não se ganha brasileiro com os garotos da base. Esse equilíbrio tem que existir. O último título do Fluminense foi há nove anos. Se o Mário não ganhar um título importante, ele vai ter dificuldades de se reeleger.

Com 33 pontos, o Tricolor ocupa a décima posição na tabela, fora da zona de classificação para a Libertadores. Neste domingo, o Fluminense enfrenta o Athletico Paranaense, às 16h, na Arena da Baixada. 

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