Com 60% dos direitos, Fluminense negociou com parceiros para ter fatia maior em venda de Gabriel Teixeira
Tricolor também manteve 40% dos direitos econômicos do meia-atacante visando futuras negociações; jovem reforçará o Al-Wasl
O Fluminense acertou na última quinta-feira a venda do meia-atacante Gabriel Teixeira ao Al-Wasl, dos Emirados Árabes. O valor da negociação ficou em 2 milhões de dólares (cerca de R$ 10,8 milhões). Mas a quantia que o clube teria direito gerou certa dúvida aos torcedores, já que o Tricolor tinha apenas 60% dos direitos federativos do jovem de 20 anos.
O LANCE! apurou que a venda foi de 100% dos direitos federativos de Biel ao clube de Dubai. Como o Flu tinha 60%, o restante era dividido entre empresários e o próprio jogador. Entretanto, o Tricolor negociou com os parceiros e ficará com uma fatia maior do que os cerca de R$ 6,4 milhões que receberia. O valor exato não foi especificado, mas fica entre 70 e 80%.
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Além disso, na negociação com o Al-Wasl, o Fluminense permaneceu com 40% dos direitos econômicos de Gabriel Teixeira para lucrar no caso de uma venda futura do jogador. O cria de Xerém já viajou para os Emirados Árabes, onde fará os exames médicos antes de assinar o contrato por cinco anos.
A primeira oferta dos árabes era de 750 mil (pouco mais de R$ 4 milhões), valor considerado muito baixo pelo Tricolor. Após uma contraproposta, a transferência foi selada. Biel estreou no profissional na última temporada e chegou a ganhar a vaga de titular ainda com Roger Machado, mas a oscilação e as lesões atrapalharam a sequência.
Aos 20 anos, Gabriel Teixeira fez 44 jogos na temporada 2021, sendo 26 como titular, e marcou cinco gols. Ele também deu uma assistência. Por conta da parte física, iniciou a pré-temporada fazendo trabalhos específicos para fortalecimento e ficou fora dos dois jogos-treino realizados no CT Carlos Castilho.
Uma das joias formadas em Xerém nos últimos anos, Biel era visto como um bom potencial de venda. Com forte concorrência no ataque, Gabriel Teixeira não seria titular de Abel Braga nesse primeiro momento do ano. Como o Flu precisava vender e o jogador quer mais espaço, a saída acabou sendo boa para os dois lados. Na atual temporada nos Emirados Árabes, jogadores que nasceram até 2001 não ocupam vaga de estrangeiro. A cota já estava preenchida no Al-Wasl, mas a regra se mostrou boa oportunidade.