Levir Culpi chegou ao Fluminense pregando sinceridade, ressaltando a necessidade por resultados rápidos e apontando erros comuns nas equipes do futebol brasileiro causados pelo desentrosamento. É justamente na falta de harmonia que pode estar um dos defeitos mais visíveis do Tricolor neste início de temporada: a vulnerabilidade da zaga.
Numa comparação apenas entre os quatro clubes grandes, o Fluminense tem disparada a pior defesa do Campeonato Carioca. Foram 12 gols sofridos em nove jogos (oito da primeira fase e um da Taça Guanabara, que começou no último fim de semana). Uma média de 1,33 por partida. É, por exemplo, o dobro do que levou o Vasco (6 - média 0,66). Botafogo e Flamengo (os melhores neste quesito) sofreram apenas quatro gols cada (0,44), oito a menos que o Tricolor no mesmo número de jogos.
O atual elenco conta com seis opções para o setor. Dois foram contratados nesta temporada: Henrique e Renato Chaves. Eles se juntaram a Elivélton e Nogueira, que não tiveram oportunidade ainda no Estadual, e a dupla Marlon/Gum. Estes dois últimos formaram a zaga em boa parte de 2015 e terminaram o ano como titulares. Entretanto, em 2016, eles só atuaram juntos nos 47 minutos finais do clássico com o Botafogo, disputado no último domingo. O gol do Alvinegro no empate por 1 a 1 havia saído pouco antes, quando Renato Chaves era o companheiro de Marlon em campo. Esta dupla por sinal, também esteve em ação e passou intacta contra o Bonsucesso.
Ao lado de Henrique, Marlon compôs a dupla que parecia ideal antes de a temporada começar. E foi também a que mais jogou e mais foi vazada, empatado com outra opção: quatro partidas, acumulando quatro gols no total: Madureira (3), Tigres (0), Friburguense (1) e América (0).
Quem também buscou a bola na rede em quatro ocasiões foi a "equipe" Henrique e Renato Chaves, porém com menos jogos: dois gols levados para Flamengo e para Botafogo.
Já Gum e Henrique estiveram juntos só diante do Volta Redonda, na estreia da primeira fase, quando o Tricolor perdeu de 3 a 1.
Enquanto o novo professor estuda a melhor forma de solucionar o problema, o sexteto segue trabalhando para ter o seu lugar na escalação tricolor:
- É uma briga sadia. Respeitamos uns aos outros. Procuramos fazer o nosso trabalho para estar preparado nessas oportunidades e entrarmos bem - disse Renato Chaves.