Com três votos contrários, Conselho Deliberativo do Fluminense aprova contas de 2020
Reunião aconteceu por videoconferência e contou com o voto de 40 conselheiros; exercício terminou com déficit de R$ 2,9 milhões
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O Conselho Deliberativo do Fluminense aprovou, na noite da última quarta-feira, as contas de 2020. A reunião aconteceu por videoconferência e começou com 74 conselheiros, mas terminou só com 40, que analisaram o exercício do primeiro ano da pandemia da Covid-19. A aprovação se deu com 37 votos a favor e só três contrários. O Conselho Fiscal já havia emitido parecer favorável.
Com um prejuízo de R$ 9,3 milhões em 2019, o clube fechou 2020 com um déficit menor, de R$ 2,9 milhões. No entanto, este foi o quinto ano seguido que o Fluminense encerrou no vermelho. A dívida total subiu de R$ 718,8 milhões para R$ 768,8 milhões.
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- Passado tanto tempo, se faz muito importante lembrar a situação em que nos encontrávamos quando essas contas foram fechadas. Nos encontrávamos em um ambiente muito sensível, carente de estabilidade e de resgate de valores profundos da identidade tricolor, como credibilidade e empatia. Apresentar demonstrações financeiras de forma transparente e detalhada é parte desse esforço de resgate de nossa identidade. Estamos e estaremos neste trabalho de reconstrução pelos próximos anos. Nosso norte é e será sempre o melhor para o Fluminense, que é maior do que todos nós - disse o presidente Mário Bittencourt na reunião.
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Em nota, o Fluminense ressalta a "redução de 27% da receita líquida, motivada principalmente pelo adiamento do início do Campeonato Brasileiro de 2020 (uma grande parte da verba da TV Globo foi reconhecida apenas em 2021). Outro fator determinante para o resultado foi a ausência de público nos estádios, impedindo, com isso, a entrada de receita de bilheteria".
Mesmo longe dos estádios, entretanto, a torcida tricolor ajudou o balanço financeiro do Fluminense. Isso porque, o clube teve um aumento de 97% da receita com sócio torcedor e redução de 44% dos gastos com jogos. A renegociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) foi outro motivo de geração de ganho, por meio do perdão de parte dos juros e multa dos impostos incluídos no parcelamento, com uma redução de 48% nas despesas financeiras. O acordo com PGFN, feito em dezembro de 2019 - com pagamento de 33 milhões de reais em impostos - garantiu juros inferiores.
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