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Como joga, retrospecto, pontos fortes e fracos: o que esperar do River Plate contra o Fluminense na Libertadores

Tricolor encara o clube argentino nesta quinta-feira, no Maracanã, na estreia da competição continental e terá desafios pela frente

ARTE Fred x Borre
imagem cameraFluminense recebe o River Plate na estreia das equipes na Libertadores, no Maracanã (ArteLANCE!)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 20/04/2021
15:41
Atualizado em 21/04/2021
06:00

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Maior campeão argentino e com quatro taças da Libertadores, o River Plate será o primeiro adversário do Fluminense na edição de 2021, sua 37ª da história. É impossível pensar nos argentinos e não ligá-los ao favoritismo, já que foram semifinalistas nos últimos quatro anos. A seguir, o LANCE! traça um perfil sobre como joga, números, dados e informações do rival da estreia Tricolor no torneio continental após oito anos. O confronto será nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília), no Maracanã, pela rodada inicial da fase de grupos, e terá transmissão em tempo real do L!.

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COMO CHEGA

Na última temporada, o River Plate foi eliminado pelo Palmeiras na semifinal da Libertadores depois de perder o primeiro jogo por 3 a 0 em casa e fazer 2 a 0 em São Paulo. Nas competições nacionais, a equipe teve a segunda melhor campanha da Copa Diego Armando Maradona, com 15 pontos (cinco vitórias e uma derrota), ficando à frente do Banfield - que acabou sendo o campeão - em seu grupo. Na fase final de grupos, o time de Marcelo Gallardo ficou apenas um ponto atrás do Boca Juniors e não avançou.

Veja a tabela completa da Libertadores

Atualmente o River é o segundo colocado no Grupo A da Superliga Argentina, com 18 pontos - cinco vitórias, três empates e duas derrotas em nove jogos. A equipe é dona do melhor ataque, com 20 gols marcados, e da melhor defesa, ao lado do líder Colón (ARG), com sete gols sofridos. Na última partida antes da estreia na Libertadores, goleou Central Córdoba (ARG) por 5 a 0, fora de casa. 

Após passar quase dois anos sem contratar, o River anunciou seis reforços para a temporada. Gallardo perdeu Nacho Fernández para o Atlético-MG, mas conseguiu manter Borré, um dos grandes nomes da equipe especulado no Grêmio. Dentre os principais reforços estão o meia Agustín Palavecino, destaque no Deportivo Cali (COL), e o zagueiro Héctor Martínez, que substitui o lesionado Pinola e volta após ótima temporada no Defensa y Justicia (ARG). Outro que retorna é Jonatan Maidana, além de José Paradela  (ex-Gimansia de La Plata - ARG), Agustín Fontana (ex-Banfield - ARG)  e Alex Vigo (ex-Colón).

DESEMPENHOS NA LIBERTADORES

Tradicional, o River Plate vem disputando a competição desde 2015, quatro anos após a reformulação que ocorreu no clube depois do rebaixamento para a segunda divisão argentina em 2011. Mesmo assim, logo em sua primeira temporada de volta ao torneio Sul-Americano, o River foi campeão da Copa pela terceira vez, vencendo o Tigres (MEX) por 3 a 0. 

Assim, nas últimas seis participações, os Millionarios  foram líderes em seus grupos quatro vezes, e só não chegaram às semifinais em uma ocasião. Além disso, após o título de 2015, o time de Marcelo Gallardo ainda foi campeão em 2018, na histórica final entre River Plate e Boca Juniors. Veja o retrospecto da equipe  na Libertadores de 2015 para cá: 

2015 - Foi segundo colocado do Grupo F (Tigres, Juan Aurich - PER e San José - BOL), com sete pontos, e acabou campeão em cima do Tigres.

2016 - Foi primeiro colocado do Grupo A (São Paulo, The Strongest - BOL e Trujilanos - VEN), com 11 pontos, e caiu para o Indepiendente Del Valle - COL nas oitavas. 

2017 - Foi primeiro colocado do Grupo C (Emelec - EQU, Indepiendente Medellín - COL e Melgar - PER), com 13 pontos, e caiu nas semifinais para o Lanús.

2018 -  Foi primeiro colocado do Grupo D (Flamengo, Santa Fé - COL e Emelec), com 12 pontos, e acabou campeão em cima do Boca Juniors.

2019 - Foi segundo colocado do Grupo A (Internacional, Palestino - CHI e Alianza Lima - PER), com 10 pontos, e foi vice-campeão após perder para o Flamengo. 

2020 - Foi primeiro colocado do Grupo D (São Paulo, Binacional - PER e LDU - EQU), com 13 pontos, e caiu nas semifinais para o Palmeiras.

River Plate
River Plate na Libertadores de 2018 (Foto: Giuseppe Cacace - AFP)

RETROSPECTO CONTRA BRASILEIROS

O confronto entre Brasil e Argentina é recorrente na Libertadores. Donos dos maiores números de clubes campeões da competição - Argentina com 25 títulos e Brasil com 20, as potências se entrelaçam em duelos marcantes, finais e polêmicas.

Consequentemente, o River Plate já teve pela frente inúmeros adversários do Brasil. Dessa forma, de 2018 para cá, o time argentino enfrentou em 17 ocasiões equipes brasileiras. E o retrospecto apresenta equilíbrio entre as equipes: ao todo, foram cinco vitórias, oito empates e quatro derrotas a favor do River. Veja abaixo as últimas partidas: 

Fase de grupos  2018 - Flamengo 2 x 2 River Plate / River Plate 0 x 0 Flamengo

Semifinais 2018 - River Plate 0 x 1 Grêmio / Grêmio 1 x 2 River Plate

Fase de grupos 2019 - Internacional 2 x 2 River Plate / River Plate 2 x 2 Internacional

Recopa Sul-Americana 2019 - Athletico-PR 1 x 0 River Plate / River Plate 3 x 0 Athletico-PR

Oitavas 2019 - River Plate 0 x 0 Cruzeiro / Cruzeiro 0 x 0 River Plate (passou nos pênaltis)

Final 2019 - River Plate 1 x 2 Flamengo

Fase de grupos 2020 - São Paulo 2 x 2 River Plate / River Plate 2 x 1 São Paulo

Oitavas 2020 - River Plate 1 x 0 Athletico-PR / Athletico-PR 1 x 1 River Plate

Semifinais 2020 - River Plate 0 x 3 Palmeiras / Palmeiras 0 x 2 River Plate

FORMA DE JOGO

O primeiro adversário do Fluminense promete ser também o mais complicado. Dentre as características principais, os pontos fortes dos argentinos são a qualidade técnica e o equilíbrio nos setores nos dois tempos, além da intensidade. Bem distribuído, o time sabe ser agressivo, finaliza bastante e tem coerência nos movimentos ofensivos, mantendo o futebol dominante e com pressão. Apesar de alguns gols de cabeça, é um time que usufrui dos cruzamentos no chão. Em algumas partidas pesa a desconcentração.

Normalmente os zagueiros ficam abertos em uma linha paralela e Enzo Perez desce para fazer o homem central que comanda a saída de bola (principalmente contra times que não realizam a marcação sob pressão). Com isso, os laterais sobem, dão bastante amplitude em campo e jogam praticamente como alas - olho em Montiel. Como todos os meio campistas são destros, Gallardo não costuma fixar posições. Assim, tanto De La Cruz como Carrascal flutuam em campo, embora o uruguaio fique mais tempo pelo lado esquerdo para conseguir finalizar com a perna direita trazendo para dentro.

O River Plate costuma usar muito uma dinâmica de triangulação, para atrair a marcação e conseguir ganhar campo mais fácil, ou seja, em lances ofensivos, o time joga com as linhas aproximadas. Porém, pela qualidade dos defensores, ligações diretas também são habituais para os três atacantes.

Na defesa, a equipe joga com dois pilares essenciais: compactação defensiva e intensidade. Pelo fato dos laterais jogarem com muita liberdade, Gallardo propõe uma marcação por encaixe individual, por isso, os jogadores não seguem suas posições fielmente na hora de se defender.

Um ponto fraco pode ser o fato de Enzo Pérez ficar sobrecarregado, uma vez que com as subidas de Montiel e Casco, o volante costuma a cobrir seus espaços e acaba cansando - Kayky pode ser uma arma por ali.

Gonzalo Montiel - River Plate
Montiel é uma das principais armas do River Plate. AFP

TIME BASE

O time base deste River Plante, com todos disponíveis, tem: Armani, Montiel, Casco, Paulo Diaz, Angileri, Enzo Pérez, Carrascal, De la Cruz, Borré, Matias Suarez e Julián Álvarez.

Para esta partida, Agustín Palavecino havia sentido dores na coxa esquerda, mas está liberado pelo departamento médico, enquanto Nicolas De La Cruz é dúvida, mas tem mais chances de ir para o jogo, talvez iniciando no banco de reservas. Os desfalques são Matías Suárez e Pinola, além dos suspensos Rojas e Carrascal.

CAMINHOS PARA ATUAR FORA DE CASA

Os voos normais até Buenos Aires tem uma média de 3h15. Vale lembrar que na Libertadores os clubes serão obrigados a fretar aviões, o que pode deixar todos os trajetos mais rápidos. O Fluminense chegará pelo Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, a cerca de 40km, ou 45 minutos de carro, do Estádio Monumental de Nuñez.

O local da partida da última rodada da fase de grupos, inclusive, passou por reformas de 20 de agosto de 2020 a 20 de fevereiro deste ano. Uma das reivindicações do técnico Marcelo Gallardo era a troca do gramado, o que foi atendido pela diretoria, que agora usa a mesma tecnologia do Santiago Bernabéu e do Camp Nou, na Espanha, além do Estádio Lujniki, em Moscou, palco da final da Copa do Mundo de 2018. O clube também retirou a pista de atletismo e fez outras modificações no túnel de acesso e banheiros.

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