Depois de início de ano conturbado, Fluminense dá indícios de calmaria
Vitórias e 'notícias boas' internamente estão fazendo time tricolor deixar para trás a má fase pela qual passou logo que o ano começou. Abel Braga celebra
O conturbado início de ano do Fluminense - quando perdeu jogadores importantes como Henrique Dourado e Gustavo Scarpa, teve derrotas para times de menor investimento e viu até mesmo a sede ser invadida por torcedores - aos poucos, parece estar ficando para trás.
Nos últimos dois jogos, foram duas goleadas (5 a 0 sobre o Salgueiro, pela Copa do Brasil, e 4 a 0 sobre o Bangu, pelo segundo turno do Carioca) e, no últimos quatro, sem levar gols. Ao que tudo indica, nas Laranjeiras, depois da tempestade, se começa a ter indício da bonança.
- Os problemas ficaram para trás. O trabalho está muito bem. Temos uma retaguarda muito boa com o Paulo Autuori, que tem uma ótima relação com a direção. Estamos caminhando - celebrou o técnico Abel Braga, que completou:
- Agora, só temos notícia boa. Tudo calmo, salários em dia. A gente tenta ao máximo.
Para o lateral-direito Gilberto, um dos destaques do Tricolor na vitória sobre o Salgueiro, com dois gols, o equilíbrio entre os setores do time tem sido essencial para que os bons resultados aconteçam.
- Nosso esquema de jogo vem dando certo. O tempo para treinamento que tivemos foi importante para o entrosamento da equipe. A nossa defesa vem muito bem, sem levar gols, e o ataque está fazendo. Isso é importante para dar mais confiança para a equipe - disse.
A dor de cabeça de Abel, agora, parece ser o esquema a utilizar. Contra o Bangu, o técnico tricolor começou usando o 3-5-2, que tinha dado certo contra o Salgueiro, e o time até criou, mas não balançou a rede. No segundo tempo, com um a mais, passou para o 4-3-3 e a equipe construiu a goleada.
Na bronca
Um dos pontos baixos do Fluminense no começo da temporada foi o fato de não ter chegado à semifinal da Taça Guanabara. Porém, para Abel, a eliminação precoce no primeiro turno do Carioca não se deveu apenas ao rendimento do time, mas também a uma mudança na tabela que, segundo ele, prejudicou a equipe tricolor.
Ele aproveitou ainda para lembrar o gol de Réver, na final do Carioca do ano passado, que deu o título para o Flamengo em que, segundo o treinador, houve falta no zagueiro Henrique, hoje no Corinthians.
- O grande lance, no primeiro turno, foi que não disputamos a semifinal por conta do primeiro jogo. Um crime o que fizeram com o Fluminense. Passaram o jogo de quinta-feira para quarta e, depois, de 20h para 16h30, no horário de Verão. É como o título do ano passado, que perdemos com a falta no Henrique. Não dá para engolir. A gente entende, mas... Foi aquele jogo com o Boavista que nos complicou.
O Fluminense perdeu essa partida contra o Boavista por 3 a 1. Erick Flores, duas vezes, e Leandrão, fizeram os gols do time de Saquarema. Caio fez para o Fluminense
Sem atrito com a torcida
Ao ser questionado se os tricolores deveriam ter ou não mais paciência, Abel Braga foi categórico e afirmou que não iria apontar como a torcida deve ou não se manifestar.
- Eu que vou dizer se a torcida tem de gritar ou não? Fui chamado muitas vezes de “burro”. Em algumas, até fui, mas era tentando acertar. Treinador tem de passar por isso, jogador também. É Fluminense – disse.