Desde a lesão de Alexsander, Fluminense sofre com escalações no meio e tem queda no desempenho

Em cinco partidas, Diniz escalou quatro duplas diferentes de volantes

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No último dia 10 de maio, o Fluminense conquistou uma grande vitória sobre o Cruzeiro, em Minas Gerais, mas sofreu com a lesão do meia Alexsander. De acordo com um comunicado do clube, o jovem foi detectado com uma lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo.

Desde então, o Tricolor realizou cinco partidas, utilizou quatro duplas de volantes diferentes e vive um jejum de quatro partidas consecutivas sem vitórias, sendo três derrotas seguidas. O técnico Fernando Diniz ainda não encontrou a reposição ideal para a mais recente revelação de Xerém, que foi peça chave na conquista do Sul-Americano Sub-20 e importante na conquista do bi estadual.

No duelo contra o Cuiabá, o treinador precisou recorrer a Thiago Santos e Lima, uma vez que André estava suspenso por ter recebido um cartão vermelho diante do Cruzeiro, enquanto Alexsander desfalcava o Flu por conta da lesão. Longe de ser brilhante, a equipe carioca conseguiu ser eficiente para vencer por 2 a 0.

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Nos clássicos contra Flamengo e Botafogo, Diniz entrou com André no lugar de Thiago Santos, enquanto Lima foi mantido na equipe titular. A escolha não surtiu efeito, uma vez que o Rubro-Negro acabou pressionando no primeiro tempo contra o Fluminense, que pouco atacou após a expulsão de Felipe Melo, enquanto o Alvinegro neutralizou o Tricolor.

Na Bolívia, o Fluminense optou por uma escalação alternativa e utilizou Thiago Santos com Martinelli, que voltou de lesão após um longo período longe dos gramados. No último domingo, Diniz retornou com André e manteve a cria da base de Xerém em seu segundo jogo pelo Campeonato Brasileiro.

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Além da dificuldade em encontrar uma peça que supra a ausência de Alexsander, a equipe do Fluminense perde muita qualidade na saída de bola, variação dentro de campo e de sua presença na área para contribuir com gols e assistências. O jovem possui uma grande capacidade para jogar com e sem a bola nos pés e uma maturidade de gente grande para um jovem de 19 anos.

Com Aleksander em campo, Marcelo enxergava brechas para jogar no meio, enquanto o atleta da Seleção Brasileira Sub-20 fizesse a lateral-esquerda, como fez no início da temporada até o retorno do veterano. Nessa troca de posições, Marcelo foi responsável por uma grande jogada na partida contra o Sporting Cristal, em Lima, no segundo gol de sua equipe, mas também anotou um belo tento diante do Flamengo na decisão do Campeonato Carioca.

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COMPARAÇÃO COM 2022?

Após a derrota do Fluminense para o Corinthians, Eduardo Barros, auxiliar técnico de Fernando Diniz, comentou sobre as dificuldades encontradas na temporada por conta de lesões ou suspensões. O comandante lembrou a perda de um jogador em um "momento crucial" de 2022 e que o time demorou para encaixar e conseguir entrosamento.

Embora Barros não tenha citado um nome, o Fluminense sofreu com a saída de Nonato na janela de transferências do meio do ano passado. O atleta vinha sendo um dos pilares do meio de campo ao lado de André, mas optou por se aventurar na Europa e vestir a camisa do Ludogorets, da Bulgária.

Nonato era peça chave do Flu, em 2022 (LEONARDO BRASIL/ FLUMINENSE FC)

Em 2022, Nonato participou de 36 partidas com a camisa do Fluminense e deixou o campo de jogo com derrota em apenas duas oportunidades: contra Botafogo (semifinal do Campeonato Carioca) e Coritiba (Campeonato Brasileiro). Nos confrontos em que esteve no banco ou não foi relacionado, o Tricolor perdeu sete duelos.

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E logo após a saída do atleta, o Fluminense foi eliminado da Copa do Brasil perdendo de 3 a 0 para o Corinthians na Neo Química Arena, além de ter sofrido outras quatro derrotas nas últimas 14 rodadas do Campeonato Brasileiro. Na reta final, Diniz conseguiu encaixar o elenco com André e Martinelli com sete jogos de invencibilidade, sendo seis vitórias.

Próximo de uma nova "decisão" de Copa do Brasil, o Tricolor das Laranjeiras busca acertar a equipe no pior momento do clube na temporada, que vem em uma sequência de quatro jogos sem vencer e sem marcar gols. E Diniz tem a semana para pensar quem deve fazer dupla com André em busca de um entrosamento mais rápido.

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