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Digão relembra Brasileiro de 2012: ‘Vou levar no coração e na memória’

Zagueiro do Fluminense, um dos dois remanescentes do título no atual elenco ao lado de Igor Julião, está ansioso para rever a partida contra o Palmeiras na reprise deste domingo

Fluminense x Avaí - Digão
Digão é um dos dois remanescentes de 2012 no atual elenco ao lado de Igor Julião (Lucas Merçon/Fluminense)

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A torcida do Fluminense vai reviver fortes emoções neste domingo. A TV Globo vai transmitir, às 16h, um dos jogos mais marcantes da história do clube  a vitória por 3 a 2 sobre o Palmeiras que garantiu o título brasileiro de 2012, em 11 de novembro daquele ano. O zagueiro Digão, um dos dois remanescentes do título no atual elenco, ao lado de Igor Julião, não vê a hora de relembrar a conquista. 

- Domingo é dia de reunir a família na frente da TV, fazer uma pipoca e assistir o nosso Fluzão campeão. Vai ser gostoso demais relembrar aquele momento único. Vai ser muito emocionante relembrar esse jogo. Convido todos os tricolores para assistir o nosso Fluzão campeão no domingo - disse o camisa 26.

A partida tem uma venda simbólica de ingressos, em que toda a verba arrecadada será revertida para pagamento de funcionários e adequação aos protocolos da Covid-19.  O valor da entrada virtual é de R$ 4 no primeiro ingresso para sócios e R$ 9 a partir do segundo. Para não sócios, a compra pode ser feira no site Futebolcard, por R$ 9. 

Participação importante, gols e susto pós-título

Digão subiu aos profissionais do Fluminense em 2008 e estreou no ano seguinte. Participou da arrancada para fugir do rebaixamento em 2009 e do título brasileiro em 2010. Em 2012, tinha 24 anos e foi peça importante do time do técnico Abel Braga, com 17 jogos e dois gols marcados (nos empates por 2 a 2 contra Figueirense e Grêmio).  

- O título de 2012 foi muito importante. Ter participado da arrancada de 2009 foi muito legal, mas o que marca a carreira de um atleta são títulos. Fiquei muito feliz de ter conquistado dois Brasileiros com o Fluminense. E 2012, especificamente, foi muito bacana. É uma conquista que vou levar no coração e na memória para o resto da minha vida.

E para a partida contra o Palmeiras, o Fluminense teve uma semana inteira livre para se preparar. O noticiário tricolor era todo sobre a chance de o Time de Guerreiros conquistar já neste jogo o tetracampeonato. O grupo viajou para Presidente Prudente e Digão lembra que a equipe estava muito confiante.

- Lembro como se fosse hoje aquele jogo lá em Presidente Prudente. Tínhamos confiança total. Não só naquele jogo, mas em todos os jogos naquele campeonato entrávamos em campo com sede de ganhar, independente quem entrava para jogar. Quem entrava estava sempre na mesma sintonia de quem saía. Isso fez o Fluminense forte, campeão. Até mesmo quando a gente jogava mal, o Diego Cavalieri pegava tudo lá atrás e o Fred lá na frente fazendo gols. Estava todo mundo na ponta dos cascos, querendo a mesma coisa.

Após a vitória por 3 a 2, com dois gols do artilheiro Fred e um contra de Maurício Ramos, a comemoração começou ainda dentro do campo. Mas era no Rio de Janeiro que a grande festa esperava os jogadores. Torcedores se reuniram no aeroporto do Galeão e em Laranjeiras para receber os campeões. Porém, um susto com o avião que trazia a delegação de volta para a Cidade Maravilhosa ficou marcado na memória de Digão.

- O curioso desse jogo decisivo não foi nem a semana, mas o pós-jogo, a volta para o Rio de Janeiro. O avião teve um problema, quase "deu ruim" para todo mundo. Mas conseguimos pousar bem e a torcida nos recebeu de braços abertos no Galeão. Saímos em trio elétrico para Laranjeiras, aquilo ali é um momento inesquecível, que fica marcado e sempre esperando repetir isso. É gostoso ganhar títulos e o Fluminense é um clube que não pode ficar muito tempo sem ganhar. Esperamos no futuro repetir isso para deixar a torcida feliz e guardar mais momentos inesquecíveis.

Depois de conquistar o Carioca e o Brasileiro em 2012, Digão jogou no Fluminense por mais uma temporada, antes partir para o Al-Hilal, da Arábia Saudita. O zagueiro ainda passou pelo Al Sharjah-EAU e Cruzeiro, antes de retornar ao Time de Guerreiros em 2018. Vestindo a camisa do Fluzão, o zagueiro tem 169 jogos e nove gols marcados.

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