Diniz admite surpresa com postura do Sporting Cristal e desabafa sobre ruídos nos bastidores do Fluminense: ‘Absolutamente mentira’
Técnico do Tricolor participou da coletiva de imprensa após o jogo da Libertadores
Após o empate contra o Sporting Cristal, Fernando Diniz, técnico do Fluminense, admitiu surpresa com a postura do adversário no duelo válido pela 6ª rodada da fase de grupos da Libertadores. Em coletiva de imprensa, o comandante fez uma análise da partida, explicou a preferência por sair jogando com toque de bola e ressaltou a postura de seu elenco.
- O Fluminense tem uma preferência por sair com bola curta. A gente não sai jogando curto para o adversário levar vantagem. Quando a gente viu que não estávamos levando vantagem, jogamos com bola longa, ganhamos a segunda bola e atacamos o Sporting Cristal. No campo deles, tivemos bastante soberania. O time sabe jogar das duas maneiras, mas temos a preferência por jogar com bola mais curta. Depois que teve uma parada, orientei o time a jogar para fazer praticamente só bola longa. Fizemos muito isso no segundo tempo e levamos vantagem. O Sporting Cristal nos surpreendeu com uma marcação alta, eles não tinham muito a perder. Eles tiveram um risco muito alto e talvez não estivéssemos tão preparados para isso. O jogo estava bastante nervoso e ficou travado. Não jogamos com o conforto que gostaríamos. Isso depende muito de como você consegue construir o time pra enfrentar os adversários. Eu admito que não esperávamos uma marcação tão agressiva, mas depois que fizemos 1 a 0, eles acabaram se atirando mais e criando dificuldades.
+ IMPERDÍVEL! Transmissão ao vivo dos jogos do Tricolor na Liberta por apenas R$1,00!
Além disso, o treinador do Tricolor das Laranjeiras fez um desabafo sobre as repercussões a respeito de um problema nos vestiários do Fluminense. Diniz negou algumas informações, mas não comentou especificamente sobre a relação de Marcelo com o restante dos companheiros, tema que também foi abordado por Felipe Melo na saída do campo.
+ Para os tricolores apaixonados: produtos a partir de R$34,90 na FutFanatics!
- Em relação a essa grande boataria, eu luto a vida inteira e vou continuar lutando enquanto estiver militando no futebol, para que a gente tenha mais respeito com as pessoas que estão aqui dentro. Tem muita coisa que é absolutamente mentira. Falando a grosso modo, acredito que o jornalista deve investigar a verdade. Saiu muita pouca verdade daquilo que aconteceu semana passada. A gente pega o momento em que o resultado não está vindo e a gente fica muito mais preocupado em vender qualquer tipo de notícia do que apurar a verdade. Cada um fala o que quer. O maior patrimônio que nos temos é o torcedor. E o torcedor está sendo alimentado com desinformação. Quando vocês têm esse tipo de atitude, vocês não respeitam quem esta aqui desse lado. Saiu que o Eduardo Barros foi cobrado pelo Paulo Angioni, uma coisa feia. São duas pessoas da minha grande intimidade, mas passou longe. É uma coisa que absolutamente não aconteceu. Relataram problemas internos meu com a comissão permanente. Esse é o melhor momento que eu tenho no Fluminense com a comissão. Minha relação com todos é de entrega máxima. Cria-se uma situação que não tem sentido nenhum. E a gente não fala todo dia, a gente também não tem interesse em falar todo dia. Mas o que a gente quer é que vocês relatem o que é condizente com a verdade.
VEJA OUTROS TRECHOS DA COLETIVA DE FERNANDO DINIZ:
BALANÇO DO SEMESTRE
- Eu acho que o saldo é bastante positivo. Temos uma conquista enorme, que é o Campeonato Carioca. A maneira como o Fluminense conquistou vai ficar marcada para sempre. Nos classificamos como líderes da Libertadores, saímos da Copa do Brasil para o Flamengo, que tem um time com bastante qualidade, e estamos na parte de cima do Campeonato Brasileiro. A gente teve bastante gente fora, agora que estamos praticamente com o time todo disponível para seguir na temporada e acredito que teremos bons números daqui para frente. Nesse tempo que colhemos alguns resultados amargos, tivemos desempenho muito bons. Alternamos desempenhos bons e ruins. Conseguimos nos sustentar. O time mostrou muita força nesse período de baixa de resultados e a tendência é de crescimento até o fim da temporada.
DESEMPENHO
- Eu acho que está parecendo um disco riscado. Se você pegar um recorte mais recente, nos últimos quatro jogos, a gente ganhou dois e empatou dois (na verdade venceu um e empatou três) e classificamos em primeiro na Libertadores. Você faz um recorte, como muitos têm feito, extremamente negativo, puxando o time para baixo. Quem teve uma superioridade tão grande contra o Bahia como teve o Fluminense? O Bahia que tinha vencido o Palmeiras na semana passada. Isso é um recorte que acho mais justo. Hoje, o time não teve um desempenho que a gente gostaria. Contra o Bahia, fomos muito bem e hoje jogou abaixo, mas tivemos muito mais chance de fazer gols do que o Sporting Cristal. Nosso principal problema foi a saída, que é nosso carro-chefe, mas jogamos contra um bom adversário.
ANÁLISE DA PARTIDA
- Eu achei o jogo bastante nervoso para gente. Estamos saindo de um momento com poucos resultados positivos e era o jogo mais importante da temporada. Talvez se virássemos 1 a 0, a gente poderia ter um desempenho melhor. Achei que o time estava muito mais preocupado em não errar do que procurar fazer com que o jogo fluísse, que é a maneira como gente consegue jogar melhor. Mas sobretudo o time conseguiu suportar. Tivemos as melhores chances. É um adversário que criou dificuldade para o River, bem treinado. Libertadores é assim. O importante é a gente ter se classificado no grupo da morte.
REAÇÃO DA TORCIDA
- Muita gente aplaudiu também. Vamos ficar com os aplausos. Espero que a gente consiga jogar tão bem para que os que vaiaram consigam aplaudir da próxima vez também. Foi uma classificação e teve muita gente que aplaudiu. Aqueles que vaiaram estão no direito, pagaram ingresso e vamos procurar melhorar para que todos saiam felizes do estádio.