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Diniz avalia atuação do Fluminense em vitória e brinca com vaias da torcida: ‘Só ouvi a parte boa’

Treinador analisou a apresentação do Flu e as críticas após assumir a Seleção Brasileira

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Fernando Diniz em coletiva de imprensa após vitória sobre o Internacional (FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

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Neste domingo (9), Fernando Diniz respirou aliviado após o Fluminense vencer o Internacional por 2 a 0, em jogo válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao final do confronto, o treinador conversou com a imprensa, analisou a postura da equipe e apontou as melhorias em relação ao jogo contra o São Paulo.

- Contra o São Paulo, as críticas que a gente recebeu devem ter sido até insuficientes, porque a gente merecia todo tipo de crítica. A crítica mais fácil é sobre sair jogando, que eu ouço há 14 anos. Hoje, o time entrou agressivo, solidário. A parte tática é quando as relações humanas conseguem acontecer, e o nosso time foi muito solidário. Quando falta isso, a parte tática não corrige. Quando há falha tática, esse tipo de postura corrige. A vontade de ganhar, o foco. Hoje, a gente errou, mas corrigiu de outra forma - avaliou.

O treinador também comentou as vaias da torcida e brincou com o assunto. O episódio ocorreu no momento de anúncio da escalação, e o time não estava em campo.

- Não ouvi as vaias porque estava no vestiário, então eu só ouvi a parte boa (risos). Entendo o torcedor e tentei fazer as coisas da melhor maneira possível, respeitando o Fluminense e a Seleção. Acredito que tomei a melhor decisão - brincou.

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VEJA OUTRAS RESPOSTAS DE DINIZ:

Ambiente conturbado?

- Há 15 dias, se as pessoas achavam que o ambiente era muito ruim no Fluminense , jogou um pó mágico e melhorou? Sustentem as coisas que vocês (jornalistas) falam, não fique ao sabor das vitórias e das derrotas, fazer mais do mesmo, ficar na maldição do resultado. Quando o torcedor extrapola, a gente acha que ninguém tem culpa. Eu não sou de mentir. Ambiente ruim nunca teve. Porque ganhou ficou bom? Pelo contrário, o ambiente é tão bom que soube passar por essa fase ruim que está passando. Saiu muita coisa que não é verdade e alimenta o torcedor de desinformação. Uma inverdade vira verdade. Eu jamais falaria isso se tivesse acontecido o que foi noticiado. Estou no Fluminense desde 2019 e nunca teve ambiente ruim. As pessoas são solidárias, o Marcelo está cada vez mais entrosado com o time.

Jogada ensaiada do segundo gol:

- Tinha uma jogada de escanteio, a gente tinha duas possibilidades, e ele (Marcelo) escolheu a melhor. Foi só para organizar a bola parada.

Martinelli:

- É uma alegria muito grande ver o Martinelli fazendo gol e sendo aplaudido pela torcida. Não é fácil ser jogador de futebol e suportar um estádio cheio vaiando. O Martinelli é um prata da casa que tem múltiplas qualidades. Entendo vaias do torcedor, mas o instinto de aplaudir ajuda mais os jogadores, principalmente os mais jovens. A gente viu o Felipe Melo, que era alvo de críticas e, hoje, é um jogador reconhecidamente importante para o time. O Caio Paulista, por conta das vais, tivemos que ceder para brilhar em outro lugar, e ele está brilhando no São Paulo. Quando a vaia acontece, a gente tem que respeitar, trabalhar e jogar bem. O Martinelli fez isso, foi premiado com o gol e foi merecidamente aplaudido pela torcida.

Vaias ao Lelê

- O Lelê deu muita mobilidade para o time, não só na presença na área. Como no gol do Samuel, foi muito importante. Deu força na marcação, é forte, jovem. Está se ambientando com o nosso futebol. Jogar em time grande é essa coisa de pressão, dar resultado. A gente está dando suporte. É um jogador com futuro belo pela frente.

Keno chorando:

- Foi um equívoco da arbitragem, mas temos que respeitar. A reação do Keno foi de indignação (pelo cartão), e ele estava chorando após o jogo por estar fora do Fla-Flu.

Laterais:

- São dois jogadores com carreiras diferentes, mas que jogam muito bem. O Samuel vem ganhando importância no time desde a minha chegada. Treinei ele no início da carreira, aos 18 anos, e ele era meia. Fico feliz de ele ter se adaptado, aproveitando esse momento de prestígio com a torcida. O Marcelo, é uma honra tê-lo aqui. É muito dignificante para o Fluminense. Ele fez uma semana de garoto, treinou todas as sessões até o final, jogou, não pediu para sair. Ele precisa ter prazer em jogar. Ele gosta da bola, gosta daquilo. É um típico jogador brasileiro, apaixonado pela bola e com um talento de quilate elevado.

Mano Menezes:

- Cada um tem uma opinião. Se essa é a opinião do Mano, é a opinião do Mano. Na vida, quem não corre risco nenhum, mais risco está correndo. Estou em paz comigo mesmo. O Mano pode achar isso, e eu acredito que é uma grande oportunidade, um prêmio, um sonho se realizando. É um monte de coisa positiva. Pode ter algum perigo em viver. Como disse Guimarães Rosa, viver é perigoso.

Semana livre de treinos:

- Ter semana livre é sempre bom, procuro aproveitar da melhor maneira possível. Na Data Fifa, precisávamos recuperar muitos jogadores. Nessa semana, demos uma folga de dois dias e treinamos à vera. Com semanas cheias, a gente treina muito e sabe tirar o pé na hora certa para fazer um bom jogo. Como fizemos hoje. Não é o que determina o resultado do jogo, mas soubemos aproveitar. A tendência é sempre evolução. É sempre um grande alívio e uma grande oportunidade ter a semana cheia.

Léo Fernandes joga o Fla x Flu?

- O Léo Fernandes chegou bem, treinou praticamente todas as sessões da semana. Acredito que estará à disposição contra o Flamengo.

Torcida:

- A construção do Fluminense tem sido muito bonita e feita a muitas mãos. A principal dela é a mão do torcedor tricolor. A presença do torcedor não estava tão constante, e hoje vemos a casa cada vez mais cheia, o torcedor acompanhando o time de maneira maciça. É algo que me emociona, motiva muito o time. A gente não pode prometer resultados, não sabemos quem vai ganhar os campeonatos, mas fazemos um trabalho de muita dedicação.

Seleção Brasileira:

- Fiz o que eu tenho vontade de fazer. Sou extremamente grato à torcida do Fluminense. Tenho gratidão até aos que se queixam. Todos me abraçaram muito desde 2019. A torcida tem que ficar feliz junto comigo, porque é parte disso (convocação à Seleção). Vejo a torcida como uma grande aliada minha. A oferta veio em um momento em que eu não pensava em deixar o Fluminense. É uma torcida que consegue reconhecer no meu trabalho coisas que até quem milita no futebol não reconhece. Ela enxerga o meu trabalho de maneira diferente e tenho muita gratidão por isso.

Jogadores ficam mais motivados ao saber que você vai treinar a Seleção?

- O adversário também ficaria mobilizado... Não acredito muito nisso. Não acho que jogador entre pensando nisso. Todos só pensam em fazer o melhor. Pode até passar pela cabeça, mas, de maneira geral, acho que não acontece.

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