Diniz coloca Fábio como um dos maiores da história, cita dificuldades do Fluminense e exalta equilíbrio
Treinador ressaltou a vitória merecida do Tricolor, que avançou às quartas de final da Copa do Brasil após bater o Cruzeiro
O Fluminense fez uma boa partida, venceu o Cruzeiro por 3 a 0 e se classificou para as quartas de final da Copa do Brasil. Um dos nomes do confronto foi o goleiro Fábio, que voltou ao Mineirão pela primeira vez depois de deixar o clube por onde fez quase mil jogos na carreira. Apesar do apoio inicial, ele ouviu vaias quando tocou na bola e chegou a quase ser atingido por um copo na saída de campo. Após o confronto, o técnico Fernando Diniz exaltou o arqueiro.
- Não ouvi ele ser vaiado. Talvez seja um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro. Se foi vaiado é uma pena muito grande. Mas era um jogo simbólico e importante. Ele foi decisivo, é um gigante, um dos maiores que temos na história, não é eufemismo. É diferente demais com a idade que tem. Acho que o Fábio nem sabe o tamanho dele, com o talento que tem. O Fluminense tem uma pessoa especial, de uma simplicidade ímpar. Ele merecia a classificação pelo simbolismo que era o jogo para ele e ter tido a participação que teve. Pelo menos em três ocasiões fez defesas difíceis. Merece a classificação, não ter tomado gol e continuar brilhando.
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O Flu chegou ao Mineirão com a vantagem, mas foi pressionado pelo Cruzeiro em alguns momentos. Não foi o jogo perfeito, mas o suficiente e com equilíbrio para sair com a vitória expressiva. O Tricolor chega a um mês sem ser derrotado, ou seja, seis jogos.
- Tem uma certa normalidade do Cruzeiro, é um time que está sobrando muito na Série B. Quando jogou com o Atlético-MG no Estadual fez jogos equilibrados, assim como contra o América-MG. Se estivesse na Série A estaria disputando coisas grandes. Não é um time que foi feito para disputar a Série B simplesmente. É um time montado pensado no projeto de subir, sabíamos que seria difícil.
- Criamos chances, eles também. O que acho que foi determinante é que quando o jogo ganhou intensidade até pela torcida, o jogo ficou perigoso. Mas o Fluminense em nenhum momento ficou desequilibrado, mas em determinado tiveram certo domínio. Quando tivemos a bola nos pés tivemos tranquilidade para jogar, soubemos selecionar as jogadas, oferecemos poucos contra-ataques, foi uma vitória mais do que merecida - completou.
E o Fluminense pode ser campeão? Para Fernando Diniz, desde que chegou ao clube a resposta é sim. Ele afirmou que essa ideia já está dentro dos jogadores e não há necessidade de se provar para ninguém.
- Esse negócio de provar é para fora, temos que nos preocupar internamente em fazer o melhor trabalho possível e dar o que o torcedor merece. Desde que eu cheguei os jogadores têm se empenhado de maneira intensa e forte. São merecedores. Acontecem as coisas pela dedicação dos jogadores, da harmonia que já existia antes. Aprofundou algo que já tinha de positivo. É um clube equilibrado, responsável, que tenta cumprir com tudo que precisa financeiramente. É um clube diferente do que eu encontrei em 2019.
Com o resultado, o placar agregado ficou em 5 a 1, contando com a vitória do Fluminense por 2 a 1 no Maracanã, pelo jogo de ida. Assim, o Tricolor avança para as quartas de final da Copa do Brasil. O sorteio da próxima etapa ocorrerá no fim de junho, e os jogos de ida serão disputados nos dias 27 e 28 de julho.
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ARBITRAGEM
- O Claus é o melhor árbitro do Brasil junto com o Wilton (Pereira Sampaio), árbitros da Copa. É leviano falar de arbitragem, pode ter se equivocado em um ou outro lance, todos fazem isso. Apitou bem do início ao fim, teve muito mais acerto do que erro. Se pegar o lance na frieza... poderia falar que ele tem um estilo de arbitragem de deixar o jogo correr mais. O Cruzeiro se valeu mais porque estavam intensos na marcação. Até teve um favorecimento nesse sentido, não para A ou B. Esse árbitro, que é um dos dois que vai para a Copa, acho que fazem um trabalho excelente. Espero que tenham uma boa sorte lá.
NATHAN
- Não é um plano o que aconteceu com o Nathan. Eu procuro colocar em campo e levar para os jogos quem eu acho que merece. O Nathan é um talento indiscutível, é um dos que eu mais tentei levar, no São Paulo e no Santos. Estou tendo a grata oportunidade de trabalhar com ele. Espero de fato ajudá-lo a reconhecer esse talento e colocá-lo em prática. Na base ele foi um dos mais monitorados do mundo. Falta colocar em prática, ter a continuidade. É ter sequência desse brilho no treino e no jogo. Ele é um jogador que tem um talento especial, para fazer o gol que ele fez é só um jogador talentoso. Não foi uma surpresa a jogada, mas foi bom ele mostrar o que mostrou hoje.
TIME COPEIRO?
Não acho que o Fluminense foi copeiro. Continuamos fazendo o que estamos no Campeonato Brasileiro. Mudamos pouco as características. Determinados momentos eles tiveram o domínio, uma imposição de intensidade, a torcida apoiou. Sabíamos que seria assim. A equipe não se desesperou. Jogou, criou chances e mereceu ganhar do jeito que ganhou.