Fernando Diniz fez, enfim, a estreia como treinador do Fluminense. Nesta quarta-feira, ele comandou a vitória sobre o Junior Barranquilla (COL) por 2 a 1 no Maracanã. Após a partida, em entrevista coletiva, ele disse que foi um bom resultado, mas ainda há espaço para melhora e novos encaixes. O substituto de Abel Braga teve apenas dois treinamentos antes do confronto pela quarta rodada da fase de grupos da Sul-Americana.
- Eu gosto que o time marque mais adiantado. Se não conseguir, tem que ser solidário e voltar para não sofrermos o gol. Isso não é um erro voluntário do time. Quando estivermos mais organizados, com um pouco mais de tempo, a gente vai sustentar a marcação mais adiantada. O pior no futebol é quando você não marca nem na frente nem atrás como aconteceu algumas vezes no jogo - avaliou.
Taticamente ficamos mais vulneráveis. Depois, mais atrás, passamos a nos defender bem, mas não é o jeito de jogar que eu gosto. Como a gente não conseguiu se organizar, porque pressão alta é coisa que demanda tempo, organização, encaixe e principalmente a harmonia dos movimentos, para a gente saber subir todo mundo. Estavam jogando em outro padrão de marcação, mas até que viraram a chave rápido no jogo de hoje. A tendência é a gente melhorar - completou.
Veja a tabela da Sul-Americana
Na comemoração dos dois gols uma cena se repetiu: os jogadores foram até Diniz para celebrar. Primeiro, todo o grupo com Paulo Henrique Ganso. Depois, Luiz Henrique abraçou o comandante. O treinador falou sobre a relação com o elenco nos primeiros dias e fez questão de exaltar o atacante autor do segundo e decisivo gol. O camisa 11 está prestes a deixar o clube no meio do ano para o Real Betis, da Espanha.
- Meus primeiros dias no Fluminense foram especiais. É uma casa que eu adoro, é uma emoção voltar. Fiquei três anos me experimentando para poder voltar melhor do que parti em 2019. Meu contato com os jogadores sempre é muito próximo, com o Luiz Henrique também. Considero ele um jogador brilhante e com potencial incrível. A carreira dele está bem no começo. Ele pode decolar na Europa de maneira exponencial - afirmou o treinador.
- O Fluminense de maneira especial já está preocupado com essa situação. Eu também. O Luiz Henrique é uma joia muito rara, um jogador muito difícil de fazer reposição, extremamente difícil. É raro. Vamos procurar monitorar o que for possível respeitando a condição financeira do clube. Mas eu e o Fluminense estamos monitorando - admitiu.
Com o resultado, o Flu sobe para o segundo lugar no Grupo H com os mesmos sete pontos do Junior, que ainda lidera por conta do saldo de gols maior. Unión Santa Fe (ARG), com cinco pontos, e Oriente Petrolero (BOL), com zero, ainda se enfrentam na quinta-feira para fechar a quarta rodada.
- Começar vencendo é muito bom. Lava a alma, para o torcedor passa confiança e credibilidade. Vai ser muito legal ver esse Maracanã cada vez mais cheio. O torcedor do Fluminense gosta de ver o time ganhar e jogar bem. Espero que comece a ficar cada vez mais lotado. É um convite que faço. Empenho não vai faltar. Faltou o que podia faltar, organização, normal, mas não faltou vontade e solidariedade - finalizou.
As equipes só voltam a jogar pela competição continental em duas semanas, quando o Tricolor visita o Santa Fe dia 19, às 19h15. Antes disso, porém, o Fluminense enfrenta o Palmeiras no próximo domingo, às 16h, no Allianz Parque, pelo Brasileirão.