Diniz justifica empate do Fluminense com um a mais e vê falta de treino: ‘Não é um dos cenários mais fáceis’
Treinador ainda explicou confusão entre Ganso e John Kennedy, além de elogiar Nonato e Caio Paulista em entrevista coletiva
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Com um a mais desde os 10 minutos do primeiro tempo, o Fluminense jogou mal, passou sufoco e acabou empatando em 0 a 0 com o América-MG pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva na Arena Independência, o técnico Fernando Diniz afirmou que a equipe teve dificuldades para lidar com a retranca armada pelos mineiros. O volante Alê foi expulso por dar uma cotovela no zagueiro Nino.
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- Quando você joga com um time que tem um a menos, não necessariamente fica mais fácil fazer o gol. Na linha mais baixa o América já marca com nove. O Aloísio praticamente não volta e os jogadores têm o interesse de fazer o contra-ataque, subir a marcação. É um cenário que é a primeira vez que a gente enfrenta. Eram praticamente nove jogadores marcando em linha muito baixa. É difícil criar mesmo. Tínhamos que circular a bola mais rápido, ter profundidade, mais interesse em finalizar mais rápido a jogada, o que tentamos corrigir no segundo tempo - afirmou o treinador.
- Não é um dos cenários mais fáceis para criar as oportunidades, mas não pode tomar os contra-ataques que a gente tomou. Eles tiveram umas três chances claras, uma coisa evitável. Com o treino vamos melhorar. É a primeira vez que pegamos esse cenário com a linha tão baixa. Mas tinha que ter mais circulação da bola, tentar terminar mais rápido as jogadas tanto em cruzamento quanto em alguns momentos as tabelas mais rápidas por dentro. Tivemos algumas chances claras e não fizemos - completou.
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O Fluminense terminou a partida com 74% de posse de bola, mas apenas três finalizações na direção do gol. O América-MG, por outro lado, foi quem chegou com mais perigo mesmo com um a menos. Diniz acredita que faltou treinar mais esse tipo de situação de jogo.
- O que falta é um pouco mais de treino. Ter um cara com a característica do Luiz Henrique no outro lado do campo, com pé trocado. Porque quando você joga com a linha muito baixa, precisa tirar rápido a bola para fazer os cruzamentos e entrar no preenchimento de área melhor do que fizemos hoje. Acho que o que mais precisa para jogar melhor é treinar situações como essa - disse.
- É uma coisa que a gente praticamente não treinou, embora eu treine muito. O cenário não era esse, como o do Atlético-GO também não era, o do Juventude por conta da chuva. Esse tipo de marcação que sofremos hoje não era o que o América ia fazer nem se tivesse 10 contra 10 e eles pudessem recuar mais. Não é característica do time deles. Não estávamos treinados para esse tipo de cenário. O jogo acabou sendo um tipo de treinamento. Espero que agora a gente tenha mais facilidade - concluiu.
Um dos momentos que chamou a atenção foi uma calorosa discussão entre Paulo Henrique Ganso e John Kennedy. Imagens mostradas pela transmissão flagraram o meia falando "toca a p*** da bola, seu moleque", entre outros. Diniz colocou panos quentes na situação.
- Super tranquilo. Foi uma cobrança de jogo, não teve nada demais, foi um lance casual e pontual pelo lance com o John Kennedy. Não teve nada. Estava cobrando para eles se concentrarem no jogo e no que tínhamos que fazer. Mas foi um lance bem isolado e não teve repercussão alguma - explicou.
Com o resultado, o Flu chega aos 15 pontos e vai para a décima posição do Brasileirão. Já os mineiros tem a mesma pontuação, mas ficam em 12º. Na próxima rodada da competição, o Fluminense recebe o Avaí no Maracanã no domingo, às 19h. Uma das novas opções para Diniz pode ser Nonato, que entrou bem e se destacou.
- Não sei se o termo é "pedir passagem". Ele entrou bem. O Nonato é um dos jogadores que já tentei levar em três outros clubes que trabalhei, então é um que eu gosto. Ele está sempre na minha cabeça uma hora ou outra para jogar, iniciar as partidas. Como outros, o próprio Martinelli, que é outro que gosto muito, fez uma grande partida contra o Oriente Petrolero. É muito bom ter entrado bem porque gera confiança e é mais uma opção que já era, mas é bom entrar bem - afirmou Diniz, que também falou sobre Caio Paulista como lateral-esquerdo.
- O jogo não favoreceu muito o Caio. Eles estavam com a linha muito baixa e ele tem mais conforto para jogar do outro lado quando está de ponta, como o Luiz Henrique. Ele se encontra melhor naquela situação. Se é um jogo sem a linha tão baixa acho que ele poderia usar mais a velocidade e atacar os espaços. Mas acredito que cumpriu bem a função e fez uma boa partida - finalizou.
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