Diniz peca na insistência, repete erros do passado e precisa corrigir lado esquerdo do Fluminense

Comandante segue na preferência por alguns atletas que não tem rendido e são criticados por parte da torcida no momento: Caio Paulista, Felipe Melo e o jovem Matheus Martins

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O trabalho de Fernando Diniz em sua segunda passagem pelo Fluminense gerou muitos elogios no primeiro turno. O estilo de jogo proposto com posse de bola e construção a partir da defesa voltou a ter destaque. Nos últimos três jogos, no entanto, alguns detalhes explicam a queda de rendimento da equipe e um deles é a insistência do comandante por determinados jogadores.

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O elenco tricolor é enxuto comparado aos adversários que estão no G4, mas mostrou que pode e deve render mais. Alguns atletas não têm tido bom desempenho, mas o treinador segue dando chance no momento crucial do campeonato. Entre eles está o atacante Caio Paulista, que atua improvisado na lateral esquerda.

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O camisa 70 caiu de rendimento e tem gerado espaços que têm sido explorados pelos adversários. Diante do América-MG, o segundo gol surgiu de um vacilo de marcação em seu setor. Parte da torcida tem cobrado por mais oportunidades a Cristiano, que esteve em campo contra o Dragão, mas novamente voltou ao banco.

Pineida, por sua vez, ainda não mostrou regularidade ou atuações que lhe fizesse ser titular. Quando Caio errou tudo que tentou contra o Coelho, Diniz optou por improvisar outra vez e deslocou Calegari para a esquerda, mesmo com Cristiano entre os relacionados. O treinador justificou a opção na coletiva de imprensa.

- Coloquei o Calegari porque achei que é um jogador que jogou muito bem, mostrou muita personalidade, acho que entrou bem de novo hoje. Vão jogar os atletas que mais têm desejo de jogar e que conseguem produzir mais segundo a minha ótica. Acho que o Calegari fez uma partida muito boa. Em que pese que não estava ao lado dele, entrou bem, foi seguro na marcação e conseguiu ajudar no ataque. Gostei da mexida, gostei muito do Calegari na quarta e gostei dele hoje de novo - disse.

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Em 2019, Diniz também improvisou um jogador, que deslanchou na ala: Caio Henrique. Com tanto destaque, embarcou para o futebol do Velho Continente e assinou com o Monaco, da França. No último ano, deu 12 assistências e ficou atrás apenas de Vinícius Júnior (16), do Real Madrid, em todo continente. Desta vez, a experiência não tem funcionado.

Além de improvisar, a insistência é uma característica que o técnico traz em seus trabalhos. Seja ela em peças que não tem rendido ou no mesmo estilo de jogo. No São Paulo, Daniel Alves se tornou intocável, mesmo longe daquele jogador que conquistou tudo na Europa e foi titular da Seleção durante anos.

O sistema defensivo tricolor sofreu 23 gols nas últimas 13 partidas, o que faz com que o comandante ligue o sinal de alerta. Os titulares da zaga, Nino e Manoel, não têm atuado juntos com frequência, seja por lesão ou suspensão. O treinador, então, optou por Felipe Melo em vários jogos, mesmo com o baixo rendimento do camisa 52.

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Na frente, Matheus Martins também tem feito jogos longe do ideal, enquanto Nathan pede passagem. O jogador teve uma boa atuação contra o Dragão, mas voltou ao banco no domingo e entrou bem na segunda etapa. Os erros se repetem e, para confirmar a vaga na Libertadores, o treinador terá que fazer ajustes pontuais e abrir mão da teimosia no que não tem dado certo.

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