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Egídio celebra volta ao time titular e desabafa sobre críticas: ‘Prefiro receber tentando do que me omitir’

Jogador do Fluminense foi sincero ao avaliar a má fase, o período como reserva de Danilo Barcelos e o retorno com a confiança do técnico Marcão

Egídio - Bahia x Fluminense
Egídio, durante partida do Fluminense neste Campeonato Brasileiro (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)

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Sem ter uma sequência como titular desde setembro do ano passado, Egídio retomou esse status nas últimas cinco partidas do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva no CT Carlos Castilho nesta sexta-feira, o jogador foi sincero ao fazer um balanço da temporada. Sem rodeios, admitiu que viveu uma má fase, mas criticou a dura sequência de partidas após o retorno do período de paralisação.

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- Iniciei o ano como titular e acho que fui bem, junto com o time. Mas a sequência de jogos pós-pandemia quarta e domingo foi muito forte. Joguei 11 ou 12 jogos seguidos quarta e domingo. Aquilo ali deu uma carga excessiva para mim. Pesa para qualquer um, para um garoto de 20 anos. E pesou para mim. Aí vieram as críticas, que não me abatem, assim como os elogios não me empolgam. Não tinha tempo para treinar. Era jogar, “descansar” e jogar de novo - avaliou o lateral.

- Quando saí do time, pensei: “não tenho o que reclamar, agora tenho tempo para treinar”. Foi o que fiz. Treinei, me preparei, aguardei, respeitei o momento do Danilo, para que quando voltasse ao time, estivesse em alto nível. Foi isso que aconteceu. Estou tendo boas atuações. Lógico que temos sempre a melhorar, é o que sempre buscamos. É manter nossos pés no chão, para seguirmos firmes e fortes para que cada vez mais cresçamos, não só individualmente, mas no coletivo - completou.

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Mesmo durante os meses como reserva de Danilo Barcelos, Egídio é o líder em assistências e desarmes na equipe no Campeonato Brasileiro. Com quase metade dos jogos, ele soma cinco passes para gol, sendo nove na temporada) e 67 desarmes. O veterano desabafou sobre as críticas recebidas.

- Eu fiquei muitas partidas no banco e não perdi a liderança de assistências. Sou líder isolado, com nove, e de desarmes também. E sou lateral. A maioria dos meus passes para gol foi de bola rolando, não foi bola parada. As pessoas veem só os erros. Por que sou líder de assistência? Porque eu tento, vou no fundo e cruzo. Se eu ficasse só ali atrás tocando de lado, talvez eu não recebesse críticas. Prefiro receber tentando do que me omitir e não vir as críticas e não ter números bons. Se os números são significativos para mim, continuarei tentando. Não me preocupo com o que vem de fora. É por isso que tenho essa retomada com as boas atuações. Penso no Fluminense. Vestir essa camisa, dar meu melhor dentro de campo. E é isso que está acontecendo.

O Fluminense está muito perto de garantir a vaga na Libertadores depois de oito anos. O Flu é o quinto colocado do Brasileirão, com 57 pontos. São dois atrás do São Paulo (com um jogo a menos) e com quatro de desvantagem para o Galo, em terceiro. Na próxima segunda-feira, a equipe encara o Ceará, no Castelão, às 18h, pela 36ª rodada.

- O primeiro objetivo nosso é concretizar a classificação para a Libertadores. Tem oito anos que o clube não vai para a competição. Meu outro objetivo é disputar a competição. Já disputei sete, por clubes diferentes, e é o único título que não tenho. Já cheguei longe. Libertadores é o que estamos mostrando nos últimos jogos. A raça, o empenho, a dedicação. Time tem que ser aguerrido para jogar a Libertadores. Não adianta só ter qualidade, jogadores de nome. É um campeonato diferente. Temos que ter o espírito de Libertadores para pensar em algo grande. E se conquistarmos essa vaga, vamos lutar muito para conseguir esse título. Porque para mim e para o Fluminense será muito precioso - disse.

- Lógico que estamos buscando nos classificar para a fase de grupos. Aí teremos um tempo a mais para nos prepararmos para entrar. Mas a vaga na pré também já é bom também. A questão é que ficamos com um tempo muito curto. Depois de uma temporada tão desgastante fisicamente e psicologicamente pela pandemia, ter um curto tempo para se preparar para disputar uma Libertadores é ruim. Mas o futebol, às vezes, nos coloca nessa situação e temos que estar sempre preparados - finalizou.

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