Situação de crise e desespero. É assim que o Fluminense chegará a última rodada do Campeonato Brasileiro no próximo domingo, contra o América-MG. Por mais que só dependa de um empate para se garantir na primeira divisão, o Tricolor encara um cenário complicado pela frente: terá um adversário lutando por sua vida na competição e não consegue mostrar forças para reagir e voltar a vencer - ou fazer gols. Já são 762 minutos sem marcar. Quase 13 horas, sem contar acréscimos.
A escalação escolhida por Marcelo Oliveira já mostrava que o Flu passaria praticamente o tempo inteiro no ataque. Foi isso que aconteceu, já que a equipe precisava desesperadamente encerrar a seca de sete partidas sem marcar. O que não se esperava, porém, é que o Atlético abriu o placar em sua primeira oportunidade, aos quatro minutos, com Nikão. Ayrton Lucas, que já havia participado negativamente dos dois gols no jogo de ida, perdeu a bola que originou o lance.
Além de não conseguir fazer uma ligação de qualidade entre meio e ataque, os jogadores de frente do Tricolor seguiram mostrando muita dificuldade para finalizar. Júnior Dutra furou uma bola sozinho na área, Luciano perdeu chance na cara do goleiro e a entrada de Marcos Junior no lugar de Everaldo não se justificou. A seca de gols pesa no psicológico dos atletas também, que mostram nervosismo na hora da finalização. Todas as tentativas de chute da primeira etapa foram para fora.
O cenário no segundo tempo foi igualmente caótico. O Flu tocava a bola, mas não conseguia chegar com perigo ao gol adversário. Porém, levou uma aula de contra-ataque para o Atlético assinalar seu segundo gol na partida e matar as chances dos cariocas. Apesar de ter menos posse de bola, foi o time visitante quem dominou o campo. Mal treinado, o Tricolor não reagiu de forma alguma, viu a torcida perder a paciência de vez e acabou eliminado da Sul-Americana.
O pensamento para o jogo de domingo deve ser: já que não consegue fazer gols, pelo menos não sofra.