menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!
logo lance!

Acesse sua conta para ter acesso a conteúdos exclusivos e personalizados!

Em fases distintas, Ganso reencontra Neymar no Brasileirão

Fluminense e Santos se enfrentam no Maracanã neste domingo (13)

Ganso-e-neymar-scaled-aspect-ratio-512-320
imagem cameraGanso e Neymar, em reencontro pelo Brasileirão
WhatsApp-Image-2025-03-27-at-16.45.12-aspect-ratio-1024-1024
Sharon Nigri Prais
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/04/2025
04:45
Atualizado há 3 minutos

  • Matéria
  • Mais Notícias

A terceira rodada do Brasileirão poderá trazer um reencontro histórico para o futebol brasileiro, unindo Neymar e Ganso mais uma vez em campo, dessa vez em lados opostos. Em fases distintas da carreira, o camisa 10 tricolor está no centro dos holofotes e é protagonista no Fluminense, enquanto o santista tenta se reerguer. As equipes se enfrentam no domingo (13), às 19h30, no Maracanã.

continua após a publicidade

➡️ Tudo sobre o Tricolor agora no WhatsApp. Siga o nosso canal Lance! Fluminense

Quando começaram a despontar na base do Peixe, havia inúmeros debates sobre quem faria mais sucesso no futebol europeu ou na Seleção Brasileira. Nos primeiros anos, jogando juntos, formaram uma dupla de desequilibrar qualquer confronto, mas as constantes (e graves) lesões de Ganso fizeram com que o meia fosse para o São Paulo em 2012.

Ganso e Neymar, quando atuavam juntos pelo Santos
(Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

Já Neymar, demorou um ano a mais para se despedir do clube de formação e saiu para o Barcelona, para formar dupla com Messi e, futuramente, trio com Suárez. A saída do Brasil foi um ponto de virada na carreira dos jogadores, mas de formas diferentes: enquanto seu ex-parceiro brilhava na Europa, Ganso permeneceu por mais três anos lidando com as contusões e a desconfiança - que o acompanharam.

continua após a publicidade

Se naquela época estavam em posições antagônicas no cenário do futebol, atualmente é possível dizer o mesmo, mas a situação é inversa. Após duas temporadas no Al Hilal, da Arábia Saudita, Neymar voltou ao futebol brasileiro para tentar recuperar o bom futebol e estar em forma para a Copa do Mundo de 2026. Por outro lado, Ganso, que já não tem mais pretensões com a amarelinha, é o maestro do Fluminense, indispensável para o bom funcionamento do meio de campo da equipe e uma das estrelas da conquista da Libertadores de 2023.

➡️ Veja o retrospecto entre Fluminens e Santos

Os altos e baixos da carreira de Ganso

Ganso pelo Fluminense em 2019 (Foto: Mailson Santana/FFC)
Ganso pelo Fluminense em 2019 (Foto: Mailson Santana/FFC)

A primeira lesão grave de Ganso foi em 2007, um ano antes de estrear pelo profissional do Santos. Teve um entorse no joelho direito que causou a ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) e uma lesão no menisco. Em 2010, sofreu do mesmo problema e ficou mais seis meses fora para recuperação. Quando voltou, teve lesões musculares que afastaram-no dos campos novamente.

continua após a publicidade

➡️ Confira a tabela do Brasileirão e os jogos do Fluminense

Esse pequeno resumo dos primeiros anos da carreira de Ganso no futebol profissional ilustram as dificuldades com as quais o meia conviveu com as contusões em série. Quando foi para o São Paulo, em 2012, as lesões diminuíram, mas não foi suficiente para manter a regularidade ao longo da temporada, trazendo a insegurança e a desconfiança para os arredores de sua trajetória.

Pelo tricolor paulista, viveu lampejos de sua genialidade, acumulando bons números, mas longe do futebol que encantou o Brasil em 2009 e 2010. Em seu terceiro ano na capital, Ganso somou 23 participações em gol - em 2010, no auge pelo Santos, foram 26. Ainda assim, sua passagem se encerrou em 2016, quando foi vendido para o Sevilla, da Espanha, por onde fez 25 jogos e depois foi emprestado para o Amiens, da França. Lá, teve menos oportunidades e, mais tarde, já no Fluminense, revelaria a falta de motivação que sentia quando defendeu o time francês.

Enquanto o jogador atravessava essa fase, entre 2013 e 2018, Neymar faturou os principais títulos europeus: a Supercopa da Espanha, a Liga dos Campeões, três Copas do Rei e o bicampeonato da La Liga; pelo PSG, foi pentacampeão nacional, ganhou três Copas da França, duas Copas da Liga Francesa e três Supercopas da França. Além do Mundial de Clubes e seu papel essencial na Seleção Brasileira, do qual se tornou maior artilheiro em 2023.

Contudo, o jogo começou a virar para Ganso em 2019, quando foi apresentado no Fluminense diante de muita expectativa. Lá conheceu Fernando Diniz e Abel Braga, os treinadores que o ajudariam a se reerguer.

Encontro com Diniz, Abel e o reencontro com bom futebol

Ganso e Diniz, campeões da Recopa pelo Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)
Ganso e Diniz, campeões da Recopa pelo Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

A primeira temporada de Ganso no Fluminense foi também a primeira de Fernando Diniz. Na época, o clube iniciava o processo de reconstrução que levaria a uma ascenção para o topo da América em 2023. No entanto, com um time ainda modesto, 2019 foi um ano de resultados ruins e o treinador acabou demitido em agosto por conta do risco de rebaixamento.

O desempenho do Tricolor naquele ano ficou marcado por ser um time de muito volume ofensivo, mas pouca eficiência, além da fragil defensivamente. Os números de Ganso atestam o momento do ataque: em novembro, o meia era líder entre todos os jogadores do Brasileirão em passes para finalização, ao passo em que ao fim do campeonato, o Flu possuía o pior ataque entre os 14 primeiros colocados.

Nos anos seguintes, com Odair Hellmann e Roger Machado, o camisa 10 não teve sequência em campo, atuando 42 vezes entre 2020 e 2021. Isso mudou no ano seguinte, com a chegada de Abel Braga, que firmou um compromisso com o meia, revelado numa entrevista ao podcast "Mundo GV":

- Em 2022, iriam completar cinco anos em que ele não era titular, não jogava. Só crítica, crítica, pancada, pancada. No meu primeiro dia de treino, peguei um papel com a nutricionista, quis ver o percentual de gordura do grupo. Fui direto nele. Falei com ele de forma particular: "Você tá aqui há esse tempo todo, não joga, é criticado. Não acredito que seja isso que te faça feliz. Você não quer sair do clube, mas você não pode estar com esse percentual de gordura, porque você vai passar mais um ano sem jogar". - disse o ex-treinador.

Ganso rapidamente respondeu ao incentivo e, ao passo que aprimorava a parte física, evoluía em campo, recuperando seu espaço e protagonismo. Assim, tornou-se capitão, líder e referência técnica do Fluminense, sendo um dos pilares da conquista do bicampeonato Carioca, da Liberadores e da Recopa.

Por outro lado, se em 2023 Ganso atingia novamente o ápice de sua carreira, Neymar vivia o oposto. No Al Hilal, as inúmeras lesões afastaram o craque de campo por muitos meses, de modo que tenha atuado em apenas sete jogos antes de retornar ao Santos, onde tudo começou, para se reencontrar com seu futebol.

Mais lidas

Newsletter do Lance!

Fique por dentro dos esportes e do seu time do coração com apenas 1 minuto de leitura!

O melhor do esporte na sua manhã!
  • Matéria
  • Mais Notícias