A chegada de Levir Culpi trouxe mais do que as novidades na equipe titular, características frequentes no início dos trabalhos dos treinadores. Dentro de campo, o Fluminense trocou os jogos movimentados, com vários gols a favor e contra, por placares econômicos e suficientes para superar os adversários.
Das 16 partidas realizadas pelo Tricolor até o momento, entre Primeira Liga e Campeonato Carioca, metade foram sob o comando de Eduardo Baptista. Nesse período, o time das Laranjeiras foi buscar a bola em sua própria rede 14 vezes e balançou as dos oponentes em 17 oportunidades. Média de 1,75 gols por partida no primeiro caso e 2,125 no segundo.
No Carioca, o Flu encerrou a fase inicial com a terceira colocação no quesito melhor ataque, somando 16 tentos, atrás apenas de Flamengo (19) e Vasco (18). Porém, teve disparada a pior defesa entre os grandes, ao sofrer 11 gols em oito jogos, contra quatro do rubro-negro, seis do cruz-maltino e nove do Botafogo.
O desequilíbrio gerou uma série de tropeços ao longo do certame e culminou na demissão do técnico que se destacou no Sport.
Assim, o auxiliar Marcão assumiu interinamente. Em dois jogos, foram três gols a favor e somente um contra.
Na sequência, o ex-atleticano desembarcou no Rio de Janeiro para arrumar a casa. Levir está a duas partidas de alcançar o mesmo número de compromissos à frente do clube que Baptista em 2016.
A nova fase do Tricolor já mostra uma estatística bem mais equilibrada. O Fluminense teve sua zaga vazada três vezes (média de 0,5 por jogo) e anotou nove gols (1,5) a favor. Números bem longe do ataque avassalador do começo de ano, mas também distantes do caos defensivo de outrora. Como resultado prático, Levir ainda não perdeu e o Fluminense já acumula oito jogos de invencibilidade, considerando também os dois confrontos em que Marcão foi o treinador.
- Temos que procurar os resultados. Estou com isso na cabeça - justificou Levir, em sua chegada ao clube das Laranjeiras.