Entre Fluminense e Seleção Brasileira, Fernando Diniz vive primeiro dilema às vésperas da final da Libertadores
Confronto com Colômbia nas Eliminatórias acontece 12 dias após decisão continental
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A conciliação de dois empregos talvez não seja uma tarefa simples para todo mundo. Técnico do Fluminense, Fernando Diniz aceitou a missão de "dividir" seu trabalho no clube com o de interino da Seleção Brasileira e vê em um futuro próximo dias decisivos em ambos os locais.
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No dia 4 de novembro, o Tricolor tem o que pode ser o jogo mais importante da história do clube com a chance de conquistar o inédito título da Libertadores. Em uma trajetória longa e muito difícil, o Time de Guerreiros conseguiu superar todos os seus obstáculos, mas enxerga o gigante Boca Juniors pela frente.
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Por outro lado, a Seleção Brasileira encara a Colômbia no dia 16 de novembro, apenas 12 dias depois da decisão da Libertadores, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. E na sequência, a Amarelinha enfrenta a Argentina, atual campeã do mundo, no Maracanã. O clássico representará a última partida de Data Fifa em 2023.
Nessas horas, o torcedor pode se questionar se haverá alguma interferência da proximidade dos jogos da Seleção Brasileira com a decisão da Libertadores no trabalho de Fernando Diniz. O Lance! busca esclarecer algumas dúvidas e responder se um trabalho atrapalhará o outro nos próximos dias.
Apesar dos resultados negativos nos dois últimos jogos do Brasil (empate com a Venezuela e derrota para o Uruguai), o comandante interino tem respaldo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como apurou o Lance!. A entidade enxerga com normalidade as oscilações nas Eliminatórias da Copa do Mundo e não pensa em nenhuma mudança de rota, uma vez que o treinador do Fluminense assinou um contrato de um ano com a Seleção.
O Lance! buscou entender também como é a relação do comandante com a Seleção Brasileira nos períodos em que não há Data Fifa. O técnico não tem praticamente nenhuma relação com a CBF quando está no Fluminense e focado no Tricolor. Em raras ocasiões, o treinador conversa por telefone com o presidente Ednaldo Rodrigues para tratar questões logísticas, mas também não há nenhuma obrigatoriedade para estar presencialmente na sede da entidade.
No dia em que foi anunciado oficialmente como treinador da Seleção Brasileira, ainda que de forma interina, Fernando Diniz falou sobre o tema. Na coletiva, o comandante afirmou que iria se dedicar ao máximo onde estivesse, o que pode fazer com que os torcedores do Fluminense não se sintam amedrontados com a proximidade da Data Fifa com a final da Libertadores.
- Vou me dedicar 100% onde estiver. Quando estiver no Fluminense, dedicação total. Quando estiver na Seleção, vou me centrar e me dedicar totalmente à Seleção. Claro que sou ser humano e não dá para fazer corte radical. Minha dedicação vai ser máxima onde estiver naquele momento.
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No momento, o comandante não está nem muito com a cabeça no Boca Juniors por conta dos jogos do Campeonato Brasileiro que tem pela frente, o que indica que sua cabeça está longe da Seleção Brasileira. O treinador elogiou a preparação física de seu elenco pela comissão que permaneceu trabalhando enquanto outra parte lidou com os compromissos nas Eliminatórias e demonstrou total foco nos próximos dias.
- Hoje foi uma amostra daquilo que o Fluminense pretende fazer até o dia 4 de novembro. Viver cada dia de forma intensa. Em relação a preparação do Boca Juniors, a gente primeiro vai preparar os jogos que vão chegando. Quando tiver um espaço entre um dia e outro, a gente olha um pouquinho o Boca Juniors, mas nunca deixando de olhar o Campeonato Brasileiro, que são os próximos jogos. Quando estiver chegando mais próximo, vamos canalizar nossas energias no Boca Juniors.
No jogo de volta das quartas de final da Libertadores entre Fluminense e Olimpia, Fernando Diniz iria fazer sua estreia pela Seleção Brasileira em oito dias. E o Tricolor venceu o adversário por 3 a 1, no Paraguai. Na fase seguinte, o Time de Guerreiros também venceu o Internacional pela semifinal longe de seus domínios restando oito dias para o confronto entre Brasil e Venezuela.
Nesse momento, não é possível afirmar de maneira alguma que a Seleção Brasileira teve alguma interferência negativa no trabalho do treinador no clube carioca. Não há motivos para temer algo diferente pensando na final da Libertadores. Agora, a equipe está focada no RB Bragantino, depois irá pensar no Goiás em partidas que são muito importantes, mas que também servem como uma espécie de ensaio do que o torcedor pode esperar para o dia 4 de novembro.
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