No jogo de ida da semifinal da Libertadores entre Fluminense e Internacional, Fernando Diniz foi questionado por conta de suas opções na equipe. A presença de Ganso no time titular e uma certa demora na entrada de Guga na lateral-direita após a expulsão de Samuel Xavier não conseguiram satisfazer todos os tricolores.
O camisa 10 do Time de Guerreiros não entrava em campo desde o último dia 31 de agosto, em que levou uma pancada no joelho na partida de volta das quartas de final da Libertadores contra o Olimpia e deixou o campo na segunda etapa. Desde então, o meia havia perdido os jogos com Fortaleza, Vasco e Cruzeiro, onde a equipe conseguiu vencer dois confrontos e produzindo muitas chances de gols.
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Nesses últimos três jogos que aconteceram após a Data Fifa, Alexsander vinha sendo titular ao lado de André e tendo boas atuações desde que voltou de uma grave lesão muscular que o afastou dos gramados por meses. Mas Fernando Diniz justificou a presença de Ganso, uma vez que o maestro é considerado o "dono" da posição.
- Poderíamos sair com ele ou com Alexsander. Mantive meu critério. Achei que era o melhor time para começar o jogo. Achei que ocorreu tudo bem. Não que o Alexsander não possa jogar, mas é uma formação coerente com aquilo que o Fluminense tem apresentado e jogado nas últimas partidas quando tem todo muito a disposição. Não fico pensando se o time vai ficar mais ofensivo. Fico pensando que o time vai ter mais chances de ganhar. Jogou assim contra o Olimpia aqui e lá, e o time não ficou em nenhum momento exposto defensivamente por conta da formação.
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Em 45 minutos, Ganso participou muito pouco da fase ofensiva do Fluminense e talvez tenha sentido a falta de ritmo após quase um mês parado. Defensivamente, o camisa 10 foi crucial no lance em que Felipe Melo tropeça com a bola dentro da área, enquanto Enner Valencia aproveita o vacilo, mas o meia conseguiu interceptar um passe do equatoriano que poderia resultar em um gol do Internacional.
Outro questionamento sobre Fernando Diniz foi com relação a demora para colocar Guga em campo após a expulsão de Samuel Xavier. O lateral-direito recebeu cartão vermelho aos 44 minutos da etapa inicial, mas o treinador do Time de Guerreiros optou por não fazer nenhuma mudança para não gastar uma parada e deslocou Jhon Arias para a função que vinha sendo cumprida pelo camisa dois.
Fato é que o empate do Internacional saiu ainda no primeiro tempo vindo de um cruzamento de Renê para gol de Hugo Mallo. No lance, o colombiano é visto distante do lateral-esquerdo colorado, uma vez que precisou sair da marcação que fazia em Enner Valencia, enquanto John Kennedy não deu o suporte necessário ao camisa 21.
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Entre a expulsão de Samuel Xavier e o primeiro gol da equipe de Eduardo Coudet foram quatro minutos em que Guga poderia ter entrado e contribuído de forma mais efetiva na marcação. O Tricolor voltou com o camisa 23 do intervalo, assim como outras mexidas para tornar a equipe menos exposta defensivamente e mais veloz.
- O que tem a ver o gol com a não entrada de um lateral? A defesa não ficou desacertada. O Arias foi para lá (lateral-direita), porque faltavam dois minutos. Você achava mais coerente colocar um jogador frio? Foi uma pergunta em cima do resultado. Se não tivesse saído o gol, você não teria perguntado. Eu não mudei, porque achei que não era para mudar. Achei que seria mais arriscado colocar um jogador frio faltando dois minutos. O Arias foi lá, ele treina. O John Kennedy foi ajudar do lado do Arias. Se o Guga tivesse entrado, não teria tomado o gol? - disse Diniz em defesa de sua ideia.
Embora Fernando Diniz não tenha gostado do questionamento por acreditar que ele tenha sido baseado "somente no resultado" são os resultados da somatória dos dois jogos que dirão se o Fluminense irá se classificar ou não à final da Libertadores. É impossível dizer o que aconteceria se Guga tivesse entrado logo após a expulsão de Samuel Xavier. O hipotético não entra em campo. Mas o treinador deve ser conflitado com as dúvidas que possam passar na cabeça do torcedor.