Em crise de gols, o Fluminense não balança as redes dos adversários há quatro partidas consecutivas. Na véspera do jogo decisivo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, a equipe busca encerrar o jejum e recuperar a efetividade que conseguiu em sua melhor fase na temporada.
Nos últimos cinco jogos, o Tricolor finalizou 48 vezes (sejam elas no alvo ou não), mas marcou apenas dois gols, na vitória por 2 a 0 sobre o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro. Em média, o time das Laranjeiras precisou dar 24 chutes para estufar as redes dos adversários. Mas por que isso representa uma queda brusca em relação ao melhor momento da equipe na temporada? O LANCE! explica.
Nesse espaço amostral, em relação aos chutes corretos, ou seja, na direção do gol dos rivais, o Fluminense finalizou apenas 14 vezes à meta de seus adversários, o que significa que a equipe de Fernando Diniz precisou de sete chutes na meta para tirar o zero do placar, em média.
Entre os dias 5 e 25 de abril, o Fluminense viveu seu melhor momento no ano. Na ocasião, o time engatou uma sequência de sete vitórias consecutivas e foi taxado como melhor futebol do Brasil por boa parte da opinião pública. Nesse período, a equipe comandada por Fernando Diniz finalizou 124 vezes contra os rivais e estufou as redes 19 vezes. Em média, o atual campeão carioca precisou de 6,5 chutes para marcar um gol.
Em sua melhor fase na temporada, o time das Laranjeiras chutou em direção ao gol dos seus adversários 61 vezes e precisou de 3,2 finalizações na meta para marcar um gol, em média.
No atual momento, Germán Cano também vem sofrendo com poucas chances e igualou seu maior jejum sem gols com a camisa do Tricolor. O centroavante não balança as redes há quatro jogos, mas o Flamengo é a maior vítima do argentino. Em 11 partidas contra o Rubro-Negro, o camisa 14 marcou oito gols.
No último domingo, Eduardo Barros citou a ineficiência do Fluminense em marcar gols no último jogo e afirmou que esse pronto precisa ser o centro das atenções pensando no duelo decisivo contra o Rubro-Negro.
- Pergunta fácil de ser feita, mas a resposta está longe de ser simples. Se os adversários realmente tivessem entendido como neutralizar o nosso time, não teríamos vindo aqui, tido 20 finalizações e oito chances de gol. Não fomos eficientes hoje, apenas. Nos outros jogos, talvez tenha faltado entrosamento na altitude, um pouco mais de profundidade contra o Botafogo. É uma questão que está no radar, vocês conhecem a identidade do treinador, muito ofensivo, vertical, sabe criar chances. É um problema que queremos solucionar em breve.
Como os números mostram, na média, para além de uma falta de efetividade na conclusão dos lances, o atual momento do Fluminense na temporada expõe também uma maior dificuldade de criar jogadas. O time segue mantendo a posse de bola a seu favor, mas não consegue traduzi-la em perigo constante como outrora.