Faltas, heroísmo e pontaria ruim nos pênaltis: a doída eliminação do Flu
Clube das Laranjeiras não desistiu e empatou a partida contra o Cruzeiro aos 52 minutos do segundo tempo, mas sofreu com pênaltis desperdiçados e foi eliminado da Copa do Brasil
O Fluminense passou perto, mas foi eliminado da Copa do Brasil. A equipe de Fernando Diniz perdia - e, consequentemente, estava fora - até que João Pedro, aos 52 minutos do segundo tempo, marcou de bicicleta para levar a decisão para os pênaltis. Nas cobranças da marca da cal, porém, o Tricolor viu Fábio aparecer como herói e o Cruzeiro se classificar para as quartas de final da Copa do Brasil. O LANCE! detalha a atuação do clube das Laranjeiras.
ATAQUE RÁPIDO E VAR
O Fluminense não sentiu a pressão de atuar fora de casa contra o atual bicampeão da competição e iniciou a partida no campo de ataque. Desde os primeiros minutos da etapa inicial, foi possível ver um Tricolor que, apesar das dificuldades, iria até o fim com seu estilo de jogo. A equipe de Fernando Diniz pressionava e chegava ao ataque com toques rápidos.
A estratégia montada pelo treinador acabou se justificando. Após uma jogada pela esquerda, Brenner foi mais rápido que Dedé e acabou sendo derrubado, dentro da área, pelo defensor. No primeiro pênalti, Ganso cobrou, Fábio defendeu, mas, no rebote, Luciano fez. Por conta de invasões de atletas dos dois clubes, o árbitro Rafael Traci mandou a cobrança voltar, mas o camisa 10, batendo no mesmo canto, abriu o placar.
BOM PRIMEIRO TEMPO
O gol nos minutos iniciais foi apenas um reflexo da atuação do Fluminense nos primeiros 45 minutos da partida. O Tricolor pode não ter dominado a posse de bola como geralmente o faz, mas também não deu chances para o Cruzeiro assustar. Neste sentido, a pressão exercida pelos meio-campistas nos atletas ofensivos da Raposa foi fundamental.
Ofensivamente, o Fluminense esbarrou na sólida marcação do Cruzeiro na maioria dos lances, mas assustou com chutes de média distância. Os passes rápidos e precisos representaram uma equipe que, em poucos segundos, fazia a transição entre o campo defensivo e a parte de ataque do gramado.
PANE
Atual bicampeão da competição, o Cruzeiro, por necessidade de um resultado imediato para se classificar, voltou para o segundo tempo com foco no ataque. Empurrado pela torcida, a equipe comandada por Mano Menezes teve, desde o primeiro segundo da etapa complementar, o ímpeto ofensivo em busca do gol.
Aos 14 minutos, a pressão da Raposa virou bola na rede. Após uma bola alçada na área e alguns desvios, Ariel Cabral apareceu livre na segunda trave e, de cabeça, deixou Thiago Neves com o trabalho de apenas empurrar a bola para o fundo das redes e empatar a partida.
HERÓI IMPROVÁVEL, MAS...
O gol não foi suficiente para o Cruzeiro, que passou a dominar ainda mais as ações ofensivas da partida e, com intensidade no ataque, criar oportunidades de gol. Na metade da segunda etapa, Gilberto fez pênalti após chegar atrasado em uma disputa com Pedro Rocha. Sassá foi para a cobrança, mas parou em uma defesa de Agenor, que se superou de erros cometidos na partida contra o Athletico Paranaense, no último domingo.
A defesa do goleiro equilibrou a partida, mas o Cruzeiro teve outra chance de marcar de pênalti. Após Caio Henrique dar um pisão em Lucas Romero dentro da área, Rafael Traci apontou a marca da cal após consultar o árbitro de vídeo. Desta vez, porém, Agenor não conseguiu defender a cobrança de Thiago Neves, que virou a partida para o Cruzeiro.
PRESSÃO COMPENSA COM GOLAÇO DE JOIA
No abafa, Fernando Diniz abriu mão dos dois zagueiros que começaram o jogo para aumentar a pressão ofensiva. O treinador do Fluminense foi para o tudo ou nada, mas o Tricolor não conseguia furar o bloqueio do Cruzeiro. Por meio de bolas alçadas na direção da área, o Tricolor até assustou e criou chances, mas parou em grandes defesas de Fábio.
Quando tudo parecia perdido, a joia brilhou mais forte no Mineirão. Aos 52 minutos, Daniel, com um lançamento preciso, encontrou João Pedro, que, com uma finalização de bicicleta, empatou a partida. Placar igual, no último minuto de um jogo eliminatório, com um gol de bicicleta de um menino de 17 anos.
FALTOU PONTARIA
O heroísmo do Fluminense não seguiu à frente nas disputas por penalidades. O Tricolor chegou a abrir vantagem no placar no início das cobranças, mas foi refém da própria pontaria. Ao todo, a equipe de Fernando Diniz desperdiçou três cobranças e o Cruzeiro se classificou.
Autores dos gols no tempo regulamentar, Paulo Henrique Ganso e João Pedro desperdiçaram suas cobranças, parando, respectivamente, no travessão e nas mãos do goleiro Fábio. Além deles, Gilberto também finalizou no poste. Apenas Caio Henrique marcou para o Tricolor, o que não foi suficiente.