Fernando Diniz sai em defesa de Wellington, vaiado em vitória do Fluminense
Treinador pede o fim do massacre ao jogador de futebol: 'É assim que a gente vai matando jogador no futebol brasileiro'
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Apesar da vitória do Fluminense sobre o Avaí, por 2 a 0, Fernando Diniz mostrou insatisfação com as vaias dos torcedores direcionadas ao volante Wellington. O jogador, que vinha sendo titular, perdeu a posição para Nonato. Questionado sobre a mudança no time, o treinador aproveitou para sair em defesa de Wellington. Na avaliação de Diniz, é necessário ter mais cuidado nas críticas.
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- A torcida tem todo direito sobre os questionamentos. A gente que milita no futebol, jornalistas e treinadores, temos que ter cuidado e um olhar mais técnico. Será que eu não entendo nada de futebol e escalei o Wellington sem que ele tenha feito boas partidas? Se quiserem ver as coisas boas do Wellington, eu mostro para vocês. Imagina como é ser um jogador de futebol, sendo vaiado com o time vencendo por 2 a 0. É assim que a gente vai matando jogador no futebol brasileiro e se é um jovem, a gente faz a mesma coisa. O torcedor está fazendo o papel dele de torcer, mas a gente tem que ter cuidado porque tem uma pessoa ali atrás e esse cara tem muito valor. Ele jogou em grandes times e tem muito valor. O cara consegue jogar com uma pressão dessa - afirmou Diniz, que continuou defendendo Wellington.
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- Ser jogador não é uma coisa fácil e o Wellington é um forte. Não quer dizer que ele vá jogar de titular. O Nonato foi bem, talvez seja mantido, mas o Wellington é forte, uma pessoa digna, de muito caráter, assim como Pineida e o Willian, que eu tentei levar em quase todos os times que eu trabalhei. Às vezes o momento não é bom, mas são grandes jogadores e grandes pessoas. A gente precisa defender mais as pessoas. É muito fácil fazer uma pergunta como essa, que a gente fica sem defesa. Aí fica esse massacre e quando o cara joga, não pode errar nada, porque se errar, fica aquele negócio de 'uh' (vaia). Olha a carreira dele construída. Formado no São Paulo, mesma geração do Neymar, do Lucas e foi titular na Seleção de base. Jogou no Vasco, no Internacional, foi campeão no Athletico da Copa do Brasil, da Copa Sul-Americana e está aqui no Fluminense. O Wellington é um exemplo. O torcedor tem todo direito, mas temos que ter certo cuidado de fazer parte de certas críticas com as pessoas, para não fazer parte desse massacre. Assim a gente perde ele ou um jovem talentoso, porque é difícil suportar isso. Ainda bem que o Welligton suporta.
Além de Wellington, Fernando Diniz elogiou a atuação de Caio Paulista, que vem se firmando na lateral-esquerda. Para o treinador, a posição já pode ser considerada pelo jogador.
- Foi a primeira que ele jogou de fato, sem ser com um jogador a menos ou com o campo alagado. Cumpriu as minhas expectativas. Fez o que eu imaginei para o jogo. Jogador de muita força, não comprometeu em nada no sistema defensivo e foi muito positivo no ataque. É um jogador às vezes subestimado, que tem muito potencial e a lateral aparece como uma possibilidade para o Caio na carreira. Isso não quer dizer que ele não vá voltar para a posição dele de origem ou que possam voltar os outros laterais. Mas é uma opção que eu tenho.
Sobre o jogo, Fernando Diniz afirmou que foi um dos melhores jogos sob o seu comando e já mirou o confronto com o Cruzeiro, quinta-feira, no Maracanã, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
- Eu achei que foi uma das atuações mais seguras do time. Soube criar chances, se defendeu bem. Eles tiveram poucas chances, tivemos três bolas na trave e outras boas oportunidades. Baixamos a linha sem necessidade. O time joga melhor quando consegue ser mais agressivo na marcação. Vamos começar a pensar agora no Cruzeiro, um dos grandes clubes do Brasil que momentaneamente está na Série B e está fazendo uma grande campanha. Time que já estamos estudando para fazer uma grande partida.
Com a vitória sobre o Avaí, o Fluminense chegou aos 18 pontos e está na 6ª posição do Campeonato Brasileiro. Na próxima rodada, o Tricolor tem o clássico com o Botafogo.
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