Com a classificação à final da Libertadores, Fernando Diniz se aproxima da maior conquista da sua carreira. Em 2023, o comandante do Fluminense conquistou seu primeiro título como treinador com o Campeonato Carioca vencido sobre o Flamengo.
Em um ano com muitas histórias, o técnico planeja escrever o grande capítulo até o momento de sua carreira com o troféu mais importante do continente e com o título mais desejado pelo Tricolor. Após 15 anos, o Time de Guerreiros voltou a uma decisão de Libertadores pelas mãos de seu mentor.
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Fernando Diniz pode entrar em uma seleta lista de treinadores brasileiros que venceram o maior torneio de clubes da América do Sul e igualar os feitos de Zezé Moreira (Cruzeiro, 1976), Paulo César Carpeggiani (Flamengo, 1981) e Valdir Espinosa (Grêmio, 1983). O comandante também se aproximará de outros grandes nomes, como os de Felipão, Telê Santana, Paulo Autuori e Lula, que conquistaram a competição em duas oportunidades.
Embora o feito seja importante do ponto de vista profissional para o técnico, que reconhecerá um trabalho que vem sendo feito desde abril de 2022, Fernando Diniz já está em outro patamar no futebol. Mas o troféu acabará com algumas discussões que questionam a grande capacidade do profissional, caso alguém ainda tenha dúvidas de sua qualidade.
Não é por acaso que o treinador do Fluminense foi escolhido para dirigir a Seleção Brasileira, ainda que de forma interina, nesse início de ciclo de Copa do Mundo. Enquanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aguarda Carlo Ancelotti no meio do ano que vem, o comandante venceu seus dois primeiros jogos nas Eliminatórias para o Mundial 2026 e tem uma aceitação muito grande na entidade.
Essa aceitação também começa a chegar na sociedade de uma maneira geral. Diversos ex-jogadores apoiaram publicamente a chegada de Fernando Diniz, mas mais do que isso: pedem sua permanência definitiva. Ex-jogador do Fluminense, Bobô falou em entrevista ao Lance! que o técnico conseguiu resgatar a essência do futebol nacional.
- Essa enxurrada de técnicos estrangeiros prejudica a ascensão de novos treinadores brasileiros. Mas alguns estão muito bem. O Diniz é dessa safra nova. É de uma safra de muita ousadia na forma de jogar, resgatando e valorizando a verdadeira característica do futebol brasileiro. Ele extrai muito isso do seu jogador, por isso eu gosto do trabalho dele. Pouco antes dele assumir o comando da Seleção, eu falei que meu treinador para o resgate da essência do futebol brasileiro, do drible, a ousadia, a forma de jogar, a improvisação, seria o Diniz. Ele resgata um pouco a forma de jogar do passado. O Brasil precisa recuperar isso.
Esse tema da mudança de prateleira de Fernando Diniz estar condicionada ao título da Libertadores com o Fluminense é bom para se discutir em uma mesa de bar. Mas a verdade é que o treinador vem conseguindo desenvolver um trabalho longo, sólido e capaz de colher frutos no presente e no futuro. Com o Fluminense ou até mesmo com a Seleção Brasileira.