Fernando Leite avalia assembleia e fala de protestos de sócios na ata

Presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense afirmou achar difícil que as eleições sejam realizadas em março, prazo previsto inicialmente

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Após a votação que decidiu pela mudança estatutária do Fluminense, o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Leite, esclareceu algumas dúvidas sobre o processo. Ele se mostrou surpreso pelo número baixo de votantes nas Laranjeiras e explicou os próximos passos da decisão. O pleito teve 812 (81%) votos a favor da mudança e 179 contra. Três pessoas anularam. De 10.501 sócios aptos a votarem, apenas 994 compareceram.

- Estavam inscritos 10.501 sócios, mas apenas 9,4% votaram. Existem alguns protestos na ata que vão ser apresentados. Vários sócios que compareceram fizeram questão de assinar os protestos. Os votos foram apurados. Essa ata deve ficar pronta em uma semana. A partir daí, o Abad, se não houver objeção pelos protestos assinalados, vai proceder com o processo. A votação foi bem rápida. Fiquei surpreso. Pensei que teríamos um quorum maior - disse Fernando.

Alguns sócios se mostraram insatisfeitos com os termos da votação e registraram seus protestos na ata. Um deles diz que o pleito deveria ter um quórum mínimo de 60% do quadro apto a votar, como diz o artigo 10 do estatuto do clube. No entanto, o texto é relacionado apenas a votação sobre a extinção do clube. Fernando Leite, porém, entende que há duas interpretações.

- Um sócio contestou a questão do quórum da votação. Ele entendia que deveria ser cumprido o número estabelecido no estatuto (artigo 10). Podem existir várias interpretações. Minha visão nesse caso é que as duas interpretações são plausíveis, mas há uma dúvida. Entendo que esse artigo pode nos levar pra qualquer um dos lados. Não analisei o estatuto ainda, preciso avaliar esses protestos. Acredito que vai ser decidido no judiciário - disse, falando ainda sobre a sócia que entrou na justiça para tentar impedir a Assembleia Geral de acontecer.

- O outro caso foi da sócia Leticia, que disse que foi impedida de votar. Em razão da antecipação, ela ficou sem direito a voto agora em uma futura eleição. Posso dizer que tiveram uns oito registros na ata. A questão da convocação foi debatida no conselho nesta semana. Houve um conselheiro que, apesar de faltar um mês para ele poder votar, recebeu a carta de convocação - completou.

A previsão inicial é de que as eleições sejam convocadas para março. No entanto, o presidente do Conselho afirmou não ter certeza se será possível cumprir todo processo burocrático a tempo.

- Precisa ainda toda tramitação burocrática para a mudança do estatuto. A ata precisa ficar pronta, depois ser registrada e depois parte burocrática. Acho que não fica pronto em 45 dias, mas não sei, é com o cartório. Não tenho como imaginar quanto tempo. Várias coisas nessa mudança estatutária precisam ser vistas, inclusive sobre os conselheiros - finalizou.

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