O balanço financeiro do Fluminense referente ao exercício de 2017 não foi divulgado no prazo determinado pelo Estatuto do Torcedor e o clube pode, até mesmo, ter o presidente Pedro Abad afastado. Além disso, o clube pode ser retirado do Profut, programa de parcelamento das dívidas dos clubes com a União.
De acordo com o Estatuto do Torcedor, os documentos deveriam ser divulgados até o fim de abril, mas o prazo não foi respeitado (apareceu no site oficial apenas nas primeiras horas de maio) e foi publicado de maneira incompleta, com apenas duas páginas. A informação foi divulgada primeiramente pelo site “UOL”.
Há ainda a ausência de um parecer de uma empresa independente atestando os números apresentados, o que é obrigatório por lei, e da assinatura do presidente Pedro Abad e de Diogo Bueno, vice-presidente de finanças.
Não ter cumprido tais prazos pode ter consequências para o Fluminense e punições para Pedro Abad. Segundo a lei federal 9.615, a "Lei Pelé", entidades que não respeitarem tais determinações, podem sofrer “afastamento dos dirigentes” – “o presidente ou aquele lhe faça as vezes”.
A fiscalização deve ser feita pelo Ministério Público e Apfut (autoridade pública de governança do futebol) e, dependendo do desenrolar, o Fluminense pode ser retirado do Profut, programa de parcelamento das dívidas dos clubes com a União.
Na questão dos valores, a notícia também não é muito boa. As demonstrações financeiras apontam um aumento nas dívidas do clube – que passaram de R$ 575 milhões para R$ 652 milhões.