Escrito por Lance!
A atitude de parte da torcida do Fluminense, que invadiu o gramado das Laranjeiras no último sábado, após o terceiro gol do Vasco, na semifinal do Campeonato Carioca Sub-20, pode gerar custos ao cofre do clube. O clube deve ser denunciado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir invasão de campo ou local da disputa do evento desportivo.
A punição pode ser uma multa que varia de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
- Eu vi a súmula. Pelo que vi, foi bem menos que (a invasão) do Vasco. Não teve agressão ao árbitro ou entre as pessoas. A entrada em campo de algumas pessoas da comissão técnica teve o intuito de separar e não tumultuar. Como ele (Fluminense) era mandante, no artigo 213 já está praticamente denunciado. A súmula está bem explicada - disse André Valentim, procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ), em contato com o LANCE!
Na súmula, assinada pelo árbitro Daniel Victor Costa Silva, há o relato do momento em que houve a invasão e a consideração de que a partida foi encerrada aos 44 minutos do segundo tempo por conta da confusão.
"Foram atiradas da arquibancada, próximo ao alambrado do campo de jogo, duas bombas pela torcida do Fluminense, sendo uma aos 28 minutos e outra aos 55 minutos de jogo. Não foi possível identificar os torcedores que atiraram as bombas. Informei os fatos acima narrados ao delegado da partida e o mesmo informou à segurança do estádio.
Informo que encerrei a partida aos 44 minutos do segundo tempo após o terceiro gol da equipe do Vasco da Gama do jogador João Pedro Costa Contreiras Martins, nº 21, que foi comemorar com sua equipe próximo ao banco de reservas do Vasco da Gama. Informo ainda que neste momento, integrantes da torcida do Fluminense invadiram o campo de jogo, e entraram em conflito com o policiamento e segurança do estádio. Jogadores do Fluminense e membros da comissão técnica tentaram acalmar os referidos torcedores. A arbitragem e a equipe do Vasco da Gama correram para buscar proteção e segurança em um túnel que dá acesso ao gramado próximo à torcida do Vasco da Gama. Não houve qualquer tipo de agressão a jogadores, comissão técnica e equipe de arbitragem"
Segundo um representante da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) que estava na partida, na semana que antecedia a partida, houve uma reunião entre os clubes para que a segurança fosse discutida. Segundo o Tricolor, foram colocados na partida 15 PM's - entre Gepe e 2º Batalhão -, quatro viaturas, 15 seguranças particulares e outros 20 do próprio clube.
O que diz o artigo 213:
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