Disciplina. Essa é uma palavra que não esteve no vocabulário do Fluminense nos dois últimos jogos disputados contra Internacional e Cuiabá. Em cada partida, a equipe de Fernando Diniz teve um atleta expulso ainda no primeiro tempo, o que comprometeu o desempenho do time.
No duelo com o Colorado pela Libertadores, o Tricolor vencia por 1 a 0 e era possível dizer até que atuava melhor em relação ao adversário. Mas poucos minutos após Samuel Xavier ver a cor vermelha do cartão por conta de duas faltas evitáveis, o Time de Guerreiros sofreu o empate e, na segunda etapa, a virada. Porém, quase que por um milagre, chegou ao empate com Germán Cano.
No fim de semana, o fator divino não esteve do lado do Fluminense pela segunda vez consecutiva. E a equipe não se pode dar ao luxo de contar com a sorte em todos os momentos. Com a expulsão de Martinelli aos 40 minutos de jogo, o Cuiabá pressionou e derrotou os cariocas por 3 a 0 de forma merecida.
Após o jogo com o Internacional, Fernando Diniz foi muito elogiado por seu método de trabalho nos treinos em que seu time praticava atividades com um jogador a menos com o objetivo de trabalhar situações reais do futebol, como as que aconteceram nas duas últimas partidas. Mas antes disso, o treinador precisa cobrar disciplina de seus comandados.
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Até porque treino é treino, jogo é jogo. Ficar em desvantagem numérica não pode ser romantizado e tratado como algo natural. Principalmente quando a indisciplina prejudica o clube nas competições em disputa. Com o revés, o Time de Guerreiros praticamente abriu mão do Campeonato Brasileiro, mas ainda há algo maior em disputa.
No Campeonato Brasileiro, o Fluminense sofreu com cinco expulsões e está atrás apenas de Santos e Goiás nessa estatística. Na Libertadores, o Tricolor recebeu dois cartões vermelhos desde que iniciou o mata-mata. Sem falar nos jogadores pendurados, como Nino, Felipe Melo e John Kennedy, que podem desfalcar a equipe em uma hipotética decisão caso recebam cartões amarelos no duelo do Beira-Rio.
Nos últimos jogos, Fernando Diniz melhorou seu comportamento em sua área técnica. Embora tenha visto um cartão amarelo no jogo com o Fortaleza e desfalcado seu time diante do Vasco, o comandante interino da Seleção Brasileira tem sofrido menos punições do que no início da temporada.
Com foco total na Libertadores, o Fluminense precisa ficar longe dos problemas e jogar com 11 contra 11 com o Internacional durante os 90 minutos para ter mais chances de se classificar. Nesse sentido, a equipe pode se espelhar em seu treinador, que mudou e melhorou. E, quem sabe, desempenhar o futebol que seu torcedor está acostumado a ver.