Fluminense divulga demonstrativo financeiro de 2021 com aumento nas receitas e diminuição de dívidas
Clube fechou o ano com déficit no balanço, mas teve superávit operacional de R$22 milhões; dívidas foram reduzidas em R$ 28 milhões
Na última sexta-feira, o Fluminense divulgou o demonstrativo financeiro de 2021 em seu portal da transparência, no site oficial do clube. O documento apresentou um superávit no resultado financeiro de R$22.905 milhões, acima dos R$540 mil de 2020. Em razão das dívidas, contudo, o Tricolor fechou a temporada com déficit pelo sexto ano consecutivo, desta vez de R$2.059 milhões. Ainda assim, o resultado foi considerado positivo pela diretoria, uma vez que houve também uma diminuição do prejuízo, que era de R$2.922 milhões há dois anos. O balanço ainda demonstrou um aumento nas receitas, de R$182.876 milhões para R$291.030, consequência dos ganhos do futebol.
O aumento de 71% foi justificado pela gestão como resultado de um melhor resultado desportivo nas competições de futebol. Juntando as premiações da Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão de 2021 e 2020, que terminou no último ano, o Flu arrecadou R$81.079 milhões. Com os direitos de transmissão na TV aberta e pay-per-view, luvas e outros adicionais, os ganhos foram de R$176.802 milhões. Os cofres também foram impactados pelo patrocínio master, que gerou aumento de 106%, de R$9.769 milhões em 2020 para R$20.102 milhões em 2021.
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A receita bruta do futebol foi de R$320.192 milhões, superior aos R$182.008 milhões do ano anterior. Destes, R$109.593 milhões vieram de transferências de jogadores como Kayky, que foi para o Manchester City, e Metinho, que atua no francês Troyes, entre outros. Com receita operacional líquida de R$301.670 milhões, as despesas do departamento foram de R$238 milhões. Em carta anexada ao documento, o presidente Mário Bittencourt comemorou os resultados obtidos na última temporada.
- Apesar de todo o impacto da pandemia obtivemos superávit de R$ 22 milhões em nosso resultado operacional. Ou seja, o Fluminense teria dado lucro, se não fosse pela enorme pressão das dívidas do passado [...] Nesse aspecto, cabe ressaltar que teremos resultados ainda melhores nas demonstrações do próximo ano, quando já estarão contabilizados os ganhos com o alongamento da dívida obtido pelo Regime Centralizado de Execuções recentemente aprovado, uma conquista de enorme relevância - escreveu.
Por outro lado, as receitas de bilheteria e do programa de sócio-futebol apresentaram uma queda. Devido à reabertura dos estádios somente na reta final do Brasileirão, a arrecadação foi de R$2.555 milhões, mais de meio milhão a menos que 2020, que computou R$3.205 milhões. Entre os associados, a redução foi de quase dois milhões, de R$10.554 milhões em 2020 para R$8.762 milhões em 2021.