A diretoria do Fluminense busca parceiros para dar continuidade ao projeto do Flu Samorin, parceria do Tricolor na Eslováquia, que visa o intercâmbio de jogadores das categorias de base e internacionalização da marca do clube. A pauta foi debatida na reunião do Conselho Deliberativo, que aconteceu na noite do último dia 24.
Em nota divulgada pelo "Flu Sócio", grupo político do presidente Pedro Abad, na tarde desta quinta-feira, há a afirmação que a visita do mandatário à instituição européia, na última semana, teve como um dos objetivos a busca de financiamento de terceiros para que a iniciativa possa ser levada à frente.
"Ao final da exposição, o Presidente Abad narrou sua ida recente à Eslováquia na busca por recursos de terceiros para ajudar na continuidade do projeto. O Flu realizou apresentação na câmara de Indústria e Comércio da embaixada brasileira na Eslováquia. Algumas empresas se mostraram interessadas, mas é preciso que propostas formais de suporte financeiro cheguem às Laranjeiras. O Flu também foi convidado, com todas as despesas pagas, para expor seu case na Soccerex 2016, maior feira mundial de futebol", diz trecho da nota.
O documento expôs ainda alguns custos que o projeto gera ao Fluminense, apontando que, atualmente é de cerca de 1,2% das despesas previstas para o orçamento de 2018, que gira na casa de R$ 209 milhões.
"Do ponto de vista econômico, o investimento custa 756 mil euros anuais (nota da redação: R$ 3.190.320,00), sendo 156 mil euros referentes à folha de pagamento de atletas e funcionários do Fluminense que já estavam sob contrato. Portanto, de fato o custo anual do projeto é de cerca de 600 mil euros, ou equivalente a 1,2% das despesas previstas no orçamento 2018 do clube (R$ 209 milhões), se considerarmos a cotação de R$ 4,22. A planilha de custos mensais do Šamorin soma 63 mil euros (nota da redação: R$ 256.860,00), e foi aberta item por item, desde despesas com viagens até custeio com moradia, logística e alimentação.
Como modelo de negócios, foi explicado que o Fluminense negociou uma espécie de “arrendamento” da gestão do Flu Šamorin por 10 anos, prorrogáveis por mais 10 anos, pelo valor de 500 mil euros (nota da redação: R$ 2.110.000,00) a serem pagos em 5 parcelas anuais de 100 mil euros (nota da redação: R$ 422.000,00). Durante qualquer momento deste “arrendamento”, o Fluminense tem a opção de compra de 66,7% do clube por um valor predeterminado. Esta opção não foi exercida ainda por conta de dúvidas tributárias com a Fazenda. No atual modelo, o Flu também pode sair a qualquer momento".
Ainda segundo o publicado, não há a intenção de que o Flu Samorim seja interrompido, mas que pode ser prejudicado por conta da crise financeira pela qual o clube passa. Ainda houve a sugestão de, caso a iniciativa não possa continuar, que parte dos custos seja realocado em Xerém, onde ficam alocadas as categorias de base do Tricolor.