Ganso projeta duelo contra Olimpia e revela motivo de queda do Fluminense após River Plate: ‘Deu uma relaxada’
Camisa 10 sonha com a conquista do título da Libertadores
Maestro do Fluminense, Paulo Henrique Ganso não vive seu melhor momento com a camisa do Tricolor. O meia vem sendo criticado por parte da torcida por finalizar pouco nos jogos da equipe de Fernando Diniz e sua participação em gols caiu nas últimas partidas.
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Em entrevista à "ESPN", o camisa 10 explicou o momento de sua queda pessoal, mas também coletiva da equipe comandada por Fernando Diniz. O jogador explicou que o confronto com o River Plate não fez com que o elenco calçasse um salto alto, mas deu uma confiança em excesso ao time.
- O ápice do Fluminense no ano foi o 5 a 1 sobre o River Plate, que ninguém esperava aqui no Maracanã. Para ser sincero, nem a gente esperava. A gente esperava vencer, mas não da maneira que foi. Aquilo deu uma relaxada na nossa equipe, não salto alto. Ah, vai ganhar de todo mundo tranquilo, fazer esse futebol bonito. A gente demorou para retornar esse futebol de toques, muitos gols, de proteger muito nosso goleiro. Depois desse jogo com o River, foi o ponto principal. Não só eu, mas a equipe do Fluminense conseguiu retomar. A gente vem vencendo jogos, conseguiu classificar na Libertadores. Agora mais uma semana decisiva para a gente.
Ganso também fez questão de explicar os motivos pelos quais não está conseguindo ser muito participativo nas jogadas de gols do Time de Guerreiros. Embora tenha quatro gols na temporada, o veterano não balança as redes há mais de dois meses.
- Eu queria finalizar mais. É que às vezes estou tão longe da área que não dá. Se perceber, estou em todas as partes do campo, tentando criar a primeira jogada para a equipe. E, quando acaba passando a linha adversária, eu estou aqui (atrás), ainda saindo da defesa, porque ajudei na construção da jogada, nessa saída de bola. E às vezes não dá tempo de chegar no ataque. Mas vou procurar ficar mais próximo para finalizar as jogadas.
Após citar um jogo de Libertadores como um marco na temporada, Ganso começou a projetar o duelo contra o Olimpia, pelas quartas de final da principal competição de clubes da América do Sul. Após a má fase, o Flu conseguiu uma retomada nos resultados positivos, o que o fez entrar no G4 do Brasileirão.
- Não digo que foi uma surpresa (a eliminação do Flamengo), porque eles (Olimpia) são muito fortes no Paraguai. A gente sofreu com isso no passado. É uma equipe que marca muito bem e a gente está estudando as melhores formas para conseguir os espaços e atacar a equipe deles. Se for um placar de 2 ou 3 gols vai ser espetacular, maravilhoso, mas a equipe deles marca muito bem e tem os escapes para o contra-ataque, onde a gente tem que abrir o olho também. Fisicamente são muito fortes, então tem que ter bastante atenção. Não vai ser fácil, então a gente conta com o torcedor tricolor para nos incentivar bastante.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA:
LIBERTADORES
- A gente trabalha todo dia para isso. Desde o ano passado, no Campeonato Brasileiro, a gente já pensava na Libertadores. É o principal título do ano. Muito trabalho, não posso dar uma certeza, mas posso dizer que a gente trabalha muito para estar pronto em uma semana tão importante como essa.
GRAMADO DO MARACANÃ
- Sem dúvida a gente queria que o gramado estivesse em perfeitas condições, como outros do Brasil. Já vem ruim há algum tempo, não é querer falar mal, mas não é de agora. A gente torce tanto que o consórcio cuide bem do gramado e a gente não tenha mais problemas. Vai parar de novo, acho que a segunda ou terceira vez no ano. Quem perde é o torcedor do Fluminense e do Flamengo, que quer acompanhar a equipe no Rio e não pode.
FUTURO TREINADOR
- Já citei o Abel Braga, que foi realmente muito especial na minha retomada. Me ajudou bastante, me desafiando bastante dentro do clube. Isso me deu a motivação que faltava. Dentro de campo procuro sempre falar com todo mundo, auxiliar. Às vezes a bola chega e eu não preciso nem olhar, sei onde meu companheiro vai estar. O companheiro nem acredita às vezes, mas a medida que a gente vai treinando, vai se conhecendo, as coisas vão saindo. O que eu procuro fazer dentro de campo é ajudar a equipe no posicionamento, no passe, numa fala para acertar a marcação. Procuro ajudar de todas as formas. Óbvio que tenho esse pensamento de ser um grande treinador no futuro, mas óbvio que tem muito chão ainda pela frente, muita lenha para queimar. Aí mais na frente a gente pensa o que vai acontecer. É difícil falar a idade, procuro falar que, enquanto estiver com saúde e me sentindo bem, vou continuar atuando.
MOMENTOS NA CARREIRA
- Os títulos no Santos chamaram muita atenção, aquela forma alegre de jogar. No São Paulo era outro estilo de jogo, mas bonito também, com Kaká, Luis Fabiano, Kardec, Pato, Rogério Ceni. Era outro estilo, mas a gente sempre procurava ir para cima do adversário. E aqui no Fluminense praticamente a mesma coisa. A gente tem mais a posse de bola do que o que eu tive nas outras equipes. Difícil falar um momento, mas hoje vivo um momento especial. De retomada. Mau momento posso falar na França, aqueles pequenos meses, mas a retomada no Fluminense foi especial. Teve um ano e meio aqui que não estava feliz, não estava legal, mas a retomada do ano passado para hoje é muito especial na minha vida. Um momento diferente.
SELEÇÃO BRASILEIRA
- Vou chegar mais junto do Fernando Diniz no treino (risos). Sem dúvida, a gente espera quem sabe uma oportunidade. O Fernando acabou de chegar também, não dá para cobrar muita coisa. Vai ter o primeiro momento dele. Tem muito chão para eu percorrer, muita lenha para queimar. Quem sabe mais para a frente eu não possa ter uma oportunidade? Sem dúvida, para jogar com esses grandes jogadores que atuam na Seleção.